09.05.2013 Views

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

TEST<strong>EM</strong>UNHA DO CRIME<br />

24.11.54<br />

(“Witness to murderer”). EUA 54. Direção de Roy Rowland. Produção e roteiro<br />

de Chester Erskine, para a Chester Erskine Pictures. Música de Hershel Burke<br />

Gilbert. Fotografia de John Alton. Elenco: Barbara Stanwyck, George Sanders,<br />

Gary Merril, Jesse White, George Shannon, Claire Carleton e outros. Distribuição<br />

da United Artists. Em exibição no Marrocos e circuito.<br />

Cot.: Fraco No gênero policial.: Idem<br />

Muito raramente o cine Marrocos deixa de lado a sua baixíssima linha<br />

de lançamentos, para exibir um filme um pouco melhor, como “Robinson<br />

Crusoé”. Mas logo após volta à mediocridade, salientando-se os dramalhões<br />

italianos, filmes de aventura de segunda classe, de produtores independentes, e<br />

policiais pretensiosos e ridículos, do tipo de “Testemunha do crime”.<br />

Está película terminou entre “aplausos” do público... E não era para<br />

menos. Não que a fita fosse muito ruim. Produzida e roteirizada por Chester<br />

Erskine, cineasta com certos dotes de inteligência, personalidade, tino<br />

comercial e originalidade, que procura seguir a linha de Stanley Kramer, mas<br />

não tem talento para tanto, a fita chega mesmo a ser interessante em alguns<br />

momentos. Erskine contava com uma bela equipe: com três atores de muito boa<br />

qualidade, George Sanders, Gary Merril e Bárbara Stanwick (embora em<br />

relação a esta fosse sempre obrigado a usar o “flou”, para lhe esconder as<br />

rugas, deixando as imagens nos primeiros planos da atriz, com os contornos<br />

abrandados); com um ótimo fotografo, John Alton; com um bom músico,<br />

Burke Hershel Gilbert, e com um diretor correto, embora sem grande talento,<br />

Roy Rowland. Chester Erskine pretendia realizar uma policial, grandes<br />

ambições, e conseguiu dar à sua história um ponto de partida dos mais<br />

interessantes. Uma mulher, da janela de seu apartamento, presencia,<br />

involuntariamente, um homicídio e o denuncia à polícia. Entrementes, porém, o<br />

criminoso esconde o cadáver e depois, sendo acusado, procura com certo êxito<br />

fazer crer que a testemunha era louca. Evidentemente o filme nem sempre é de<br />

todo convincente. Trata os personagens de forma superficial, como é<br />

conveniente a um policial, mas, bem conduzido por Rowland e pelos seus<br />

colaboradores, vai transcorrendo aceitavelmente. Erskine, porém, necessitava<br />

de um final emocionante, e foi aí que destruiu tudo. Depois de decorrida hora e<br />

meia de projeção, ele precipita os acontecimentos, põe o bandido perseguindo a<br />

“mocinha” e esta, para que vá aumentando a emoção, sobe em um edifício em<br />

construção, com o facínora ao seu encalço, este por uma escada, aquela por<br />

outra, enquanto o “mocinho” vem um pouco atrás. No alto do edifício, o

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!