09.05.2013 Views

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

TORMENTA NO ALASKA<br />

12.11.54<br />

(“Alaska Seas”). EUA. 53. Direção de Jerry Hopper. Produção de Mel Epstein.<br />

Roteiro de Geoffrey Homes Walter Don ger. Fotografia de William Mellor,<br />

Música de Franz Talbot. Elenco: Robert Ryan, Jan Sterling, Brian Keith, Gene<br />

Barry, Fay Roope, Eugene O. Rooth. Produção e distribuição da Paramount. Em<br />

exibição no Broadway e circuito.<br />

Cot.: Péssimo No gênero aventuras Idem<br />

Se o leitor está se interessando pelo cinema, um pouco mais a fundo, vá<br />

então assistir a “Tormenta sobre o Alaska”, e terá um bom exemplo do que seja<br />

um péssimo diretor, do que seja a negação de todas as vitórias que o cinema<br />

conseguiu nestes quase sessenta anos de existência. Jerry Hopper dirigiu essa<br />

“obra-prima”. Anteriormente tinha sido ele responsável por duas películas.<br />

“Cidade atômica”, que marcou sua estréia, e “Rebelião dos Piratas”,<br />

recentemente exibido em São Paulo, as quais se rivalizam com esta em<br />

mediocridade.<br />

“Alaska Seas” tem todos os e elementos para um filme excepcional:<br />

muita ação e um grande drama de amor. Seguindo o princípio de todas as<br />

grandes coisas que tem, que ser paradoxais, o herói da fita é ao mesmo tempo o<br />

vilão. Ele é antes de tudo um homem mau, vive roubando, trai os amigos, não<br />

tem sentimentos, tenta conquistar a amada de seu companheiro. Este, por sua<br />

vez, é cem por cento bom. Forte, bonitão, simpático, está sempre ao lado do<br />

Direito e da Justiça e protege sempre seu amigo infiel. A mocinha também tem<br />

seu papel. Serve para que tanto o vilão herói, quanto o sujeito bonzinho, a<br />

beijem, ora um, ora outro. Pois afinal, como é que um filme pode prestar, se<br />

não tem uns beijos bem dados? E assim vai transcorrendo a história. No<br />

desfecho, há uma batalha naval, entre barquinhos de pesca, emocionantissima,<br />

e o herói vilão. Como já está acabando mesmo o filme, ainda acha tempo de ter<br />

uma conversinha com a mocinha e depois reabilitar-se, morrendo<br />

heroicamente.<br />

Cremos já ter elucidado bastante os nossos leitores a respeito de<br />

“Tormenta sobre o Alaska”. Entretanto, se desejarem mais algumas<br />

informações, poderão ir ao Broadway e maravilhar-se com um dos filmes mais<br />

excepcionais... Com um dos ‘filmes mais excepcionalmente ruins, mal feitos,<br />

ridículos e aborrecidos, de que temos conhecimento.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!