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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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SUPLÍCIO <strong>DE</strong> UM CON<strong>DE</strong>NADO<br />

25.12.54<br />

(“Suplit second”). EUA. 53 Direção de Dick Powell. Roteio de William Bowers e<br />

Irving Wallace, baseado em História deste último e de Chester Ersking. Música de<br />

Roy Webb. Elenco: Stephen Mac Nally, Aléxis Smith, Keith Andes, Jan Sterling,<br />

Paul Kelly, Robert Paige, Richard Ega e outros. Prod. e Distr. da RKO. Em<br />

exibição no Opera.<br />

Cot.: Fraco Caract.: Policial comum<br />

“Suplício de um Condenado” não foge a linha normal de produção de<br />

Hollywood. Será aconselhável para os que gostam de policiais, mas nada traz<br />

de novo para o gênero. Novamente colocam-nos diante de um foragido da<br />

polícia, que se esconde em uma cidade abandonada do deserto, levando<br />

consigo um grupo de pessoas aprisionadas, a fim de lhe auxiliarem a fuga. A<br />

novidade reside apenas que na manhã seguinte às seis horas, deverá explodir<br />

uma bomba atômica experimental, que destruirá completamente a cidade<br />

mineira. A tensão do filme, portanto, baseia-se toda no esforço daquelas duas<br />

mulheres e três ou quatro homens para se livrarem do assassino antes das seis<br />

horas. Seu maior interesse, porém, resida na captação das reações daquelas<br />

pessoas. Partindo daí os roteiristas e o diretor Dick Powell poderiam realizar<br />

um belo filme. Temos um jornalista, uma dançarina, uma mulher que pretende<br />

divorciar-se, seu marido, um corretor de seguros e o criminoso.<br />

Entretanto, se o filme tinha uma idéia inicial muito boa, sua realização<br />

foi das mais medíocres. O cenário de William Bowers e Irving Wallace possui<br />

apenas qualidades técnicas de bom artesanato. No mais permaneceu<br />

absolutamente superficial. A configuração psicológica das personagens não<br />

tem a mínima profundidade. E se Alexis Smith conseguiu algum êxito, foi<br />

quase exclusivamente graças ao seu talento de atriz e não ao papel que lhe<br />

deram.<br />

Na direção tivemos outra decepção. A presença do ex-ator Dick Powell<br />

motivou a nossa curiosidade por esse filme ele limitou-se a narrar sua fita<br />

linearmente. Não podemos por certo, fazer um julgamento definitivo sobre<br />

Dick Powell nesta fita de estréia, pois seu trabalho também não apresentou<br />

falhas gritantes. Ao que tudo indica, porém, será sufocado pelo sistema de<br />

produção de Hollywood, do qual se escapam diretores de grande capacidade.<br />

No elenco tivemos um excelente desempenho de Alexis Smith. Stephen<br />

Mac Nally, Jan Sterling e Aeith Andes também desempenharam bem seus<br />

papeis. A música de Roy Webb é fraca.

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