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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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OS 10 MELHORES DO IV CENTENÁRIO<br />

24.12.54<br />

Termina o ano. Marcos Marguliès, nome bastante conhecido nos meios<br />

cinematográficos, havendo sido encarregado, há cerca de quatro semanas, da<br />

pagina de cinema do “Shopping News”, pediu-nos, assim como a todos os<br />

críticos de São Paulo, a lista dos 10 melhores filmes aqui exibidos neste ano do<br />

IV Centenário. Prontificamo-nos a atender sua solicitação. Entretanto, como<br />

fazemos questão de nossos leitores de O T<strong>EM</strong>PO tenham primazia nestes<br />

problemas, vamos publicar hoje essa relação. Esta lista, é claro não tem um<br />

valor absoluto nem para nós mesmos. Repugna-nos as comparações em matéria<br />

de arte. A citação desses “10 melhores filmes” já é uma arbitrariedade, que só<br />

se justifica como um esclarecimento ao público. Naturalmente, pois, não<br />

estabeleceremos uma classificação entre os filmes mencionados. Só entram<br />

nesta relação os filmes normalmente exibidos na Cinelandia, neste ano.<br />

Merece distinção especial apenas “Umberto D”, obra-prima de Vittorio<br />

De Sica e de, seu colaborador Zavattini. Os notáveis autores de “Ladrões de<br />

bicicleta” realizaram um filme, profundamente humano, autêntico e poético,<br />

obedecendo a um forma perfeita.<br />

Citemos agora os filmes pelos seus países de origem:<br />

Dos Estados Unidos tivemos cinco belos filmes: “A um passo da<br />

eternidade”, de Fred Zinnemann, um filme simbólico e amplo, de<br />

extraordinária força dramática; “Os brutos também amam”, um dos maiores<br />

“Westerns” jamais realizados, no qual George Stevens revelou-se novamente<br />

um artista excepcional; “A princesa e o plebeu”, comédia romântica em que<br />

vimos o grande talento de William Wyler, um dos cineastas que melhor<br />

souberam levar para à, tela os temas de amor; “O pirata sangrento”,<br />

despretensioso filme de aventuras de Robert Siodmack e Roland Kibbee, que se<br />

transformou em uma das mais brilhantes sátiras de que sem tem notícia no<br />

cinema norte-americano; e “Mais forte do que a morte”, belo drama de amor de<br />

Anatole Litvak.<br />

Da Itália tivemos duas películas: “Outros tempos”, filme composto de<br />

episódios, em que Alessandro Blaseti demonstrou a extraordinária versatilidade<br />

de seu talento, confirmando sua posição entre os primeiros cineastas da Itália e<br />

do mundo; e “A insatisfeita”, drama burguês humano e de grande força<br />

dramática, de Mario Soldati.

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