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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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NOTAS & NOTÍCIAS<br />

14.01.54<br />

Este começo do ano tem sido fraquíssimo em novos lançamento. Os<br />

exibidores sabem que estamos na época das férias escolares e guardam seus<br />

melhores filmes para mais tarde. A fita mais importante desta semana é<br />

“Sinfonia Amazônica”, o primeiro desenho animado brasileiro, que finalmente<br />

conseguiu um circuito para ser exibido, depois de meses e meses de espera. A<br />

importância do filme é evidente. Ao menos a título de curiosidade, todos<br />

devem velo. E além disso é inegável que a fita está bem feita e possui alguns<br />

momentos muito bons, principalmente no início. Além dessa película, a única<br />

que realmente interesse é a comédia “Oito homens fortes’’, produzida pelo<br />

inteligente Stanley Kramer e dirigida por Edward Dymitric, um excelente<br />

diretor. Há ainda uma comédia nacional no Marabá, “Balança mas não cai”,<br />

baseada em conhecidissimo programa de rádio, um filme de aventuras<br />

“Labaredas no céu”, no Bandeirantes, e outra comédia, “Quero-te, meu amor”,<br />

no Ipiranga, cujo maior predicado é a presença de Jean Simons.<br />

O conhecido Jornalista Gondin da Fonseca, em sua seção diária na<br />

“Folha da Noite” intitulada “Imprensa de revista”, comentando um trecho de<br />

uma crônica minha, afirmou que o cinema nacional só irá para frente quando o<br />

governo proibir durante três anos a entrada de qualquer filme estrangeiro no<br />

país. Não podemos concordar com essa afirmação. Realmente o cinema<br />

nacional necessita de medidas severas de defesa, mas não tanto assim. Não<br />

sejamos pessimistas, pois já progredimos muito em matéria<br />

A “Vera Cruz” está terminando a dublagem do seu policial “Na senda<br />

do crime” e pretende lançar esse filme no Festival de Cinema, que será<br />

realizado em São Paulo proximamente. Naturalmente não vimos esse filme,<br />

nem mesmo seus copiões, mas de qualquer forma sabemos que se trata de uma<br />

produção modesta, o que nos leva a acreditar que talvez fosse mais interessante<br />

se escolhesse “Luz apagada”, também um filme sem grandes pretensões, mas<br />

que se coloca entre nossas melhores produções.<br />

A Fox acaba de lançar em Nova Iorque seu quarto filme em<br />

Cinemascope, sistema em relevo que venha lançando grande aceitação nos<br />

Estados Unidos devido ao seu preço à boa qualidade da imagem e ao fato de<br />

não serem necessários ocultos. Trata-se de um filme de aventuras na Índia<br />

(“King of the Khyber Riffles”), do tipo de “Gunga Din” ou “A carga da brigada<br />

ligeira” e tem nos seus principais papeis Tyrone Power, Michael Rennie e<br />

Terry Moore. Na direção o ótimo Henry King.

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