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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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SUA MAJESTA<strong>DE</strong>, O AVENTUREIRO<br />

17.12.54<br />

(“His magesty O’Keefe”). EUA. 54. Direção de Byron Haskin. Produção de<br />

Harold Hecht para a Norma. Roteiro de Borden Chase e James Hill, baseado em<br />

novela de Lawrence Klingman e Gerald Green Música de Dimitri Tiomkin.<br />

Elenco: Burt Lancaster, Joan Rice, André Moret, Abraham Sofaer e outros.<br />

Distribuição da Warner. Em exibição no Art-Palacio e circuito.<br />

Cot.: regular Caract.: aventuras que agradarão<br />

“Sua majestade, o aventureiro” é uma produção da companhia<br />

independente “Norma”, da qual Burt Lancaster é um dos sócios. Essa<br />

produtora, formada há pouco tempo, vem dedicando especial atenção aos<br />

filmes de aventura, cujo nível tem procurado melhorar, “His magesty<br />

O’Keefe”, no entanto, só poderá nos decepcionar, se o compararmos, com o<br />

último filme da “Norma”. “O pirata sangrento”, dirigido por Robert Siodmak,<br />

em que tivemos um dos melhores exemplos da sátira do cinema o atual cartaz<br />

do Art-Palacio não tem essas características; filia-se a uma linha mais normal<br />

de produção; mas isto não impede que se trate de um filme de aventuras bem<br />

melhor do que a média.<br />

“Sua majestade o aventureiro” tem como cenário as ilhas de Fij e Hong-<br />

Kong, por volta de 1870. O’Keefe é um capitão, que sonha enriquecer com a<br />

copra, que era abundante naquelas ilhas. O filme baseia-se em um romance de<br />

Lawrence Kingliman e Gerald Green. Na apresentação da personalidade<br />

daquele capitão, reside o maior interesse da fita. É um homem ativo,<br />

empreendedor, cheio de expedientes que procura enriquecer a todo custo,<br />

sacrificando qualquer coisa. No fim, porém, ele se regenerará, como aliás não<br />

poderia deixar de ser, em Hollywood.<br />

O roteiro de Borden Chase e James Hill é o que há de mais fraco ao<br />

filme. Ambos sabem como escrever corretamente um cenário estereotipado de<br />

filme de aventuras, mas não passam disso. Em “His magesty O’Keefe” tinham<br />

uma boa oportunidade, e não souberam aproveitá-la, perdendo-se na<br />

superficialidade e no simplismo. Já o diretor Byron Haskin fez o que<br />

esperávamos dele. Dirigiu a fita com precisão e bom ritmo cinematográfico,<br />

mas não se preocupou em imprimir-lhe qualquer contribuição mais pessoal. A<br />

música de Dimitri Tiomkin, como sempre, é muito boa. E no elenco tivemos<br />

um ótimo desempenho de Burt Lancaster. A atriz inglesa Joan Rice pareceunos<br />

boa. André Morel excelente e Abraham Sofaer, razoável. Em uma palavra,

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