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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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ROTEIRO E NOTAS<br />

02.09.54<br />

Dois filmes dividem o interesse da crítica e do público nesta semana:<br />

“Mais forte do que a morte” e “Meu filho, minha vida”. O primeiro, estrelado<br />

pelo expressivo mas desequilibrado Kirk Douglas e por Dany Robin e Bárbara<br />

Laage, foi rodado inteiramente em Paris, sob a, direção de Anatole Litvak, um<br />

cineasta de grade talento em quem se pode confiar, tendo sido responsável<br />

entre outros por “Noite eterna”, “Na cova das serpentes” e “Decisão antas do<br />

amanhecer”. O filme narra a aventura de amor entre um soldado americano e<br />

uma Jovem parisiense, no fim da última grande guerra. A segunda fita, em<br />

exibição no Ipiranga, tem dois atrativos, a direção do extraordinário Robert<br />

Wise (“Punhos de campões”, “Três segredos”, “Entre dois juramentos” e “E a<br />

terra parou”) e a interpretação da Jane Wiman, uma das grandes atrizes do<br />

cinema norte-americano. Esse filme é a terceira versão de um famoso romance<br />

de Edna Ferber, que foi realizado pela primeira vez ainda no cinema mudo e<br />

depois, em 1932, por William Wellman, com Barbara Stanwyck.<br />

Também apresenta considerável interesse o policial franco-americano<br />

do Bandeirantes “O criminoso não dorme”, não pela direção de B. Lewyn, mas<br />

pelo roteiro e história do excelente Jacques Companeez. E merece citação ainda<br />

“Almas selvagens”, filme de aventuras que talvez se salve de total<br />

mediocridade graças à direção do razoável Jacques Tourneur.<br />

Anuncia a Cinematografia Cirus, nova produtora nacional, que dentro<br />

em breve iniciará a filmagem de sua primeira película, “Maringá”, cujos planos<br />

preparatórios vêm sendo realizados há vários meses. O filme deverá ser<br />

realizado em cores, sob a direção de H. B. Correl (o fotografo do nosso<br />

primeiro filme colorido, “Destino em apuros”).L. Peçanha de Figueiredo<br />

produzirá o filme e Bob Robertson será o fotografo.<br />

O cine Ritz São João e o Normandie, que pertencem à mesma<br />

companhia exibidora, vêm se revezando na projeção daqueles<br />

lamentatabilissimos “shorts” dos Três Patetas e outros horrores do gênero.<br />

Filmes velhíssimos, já exibidos várias vezes, somos obrigados a vê-los de vez<br />

em quando duas vezes por semana, um dia no Ritz, outro no Normandie. É<br />

demais.<br />

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