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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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ROTEIRO DA S<strong>EM</strong>ANA<br />

30.12.54<br />

Semana cinematográfica pobre de fim de ano, roteiro curto e pouco<br />

promissor. Um filme, porém, poderá constituir-se em uma revelação. “Festa do<br />

Coração” (“la fête à Henriett”) é uma comedia romântica francesa, que tem na<br />

direção um dos maiores diretores da França, Julien Duvivier. No filme temos a,<br />

história de um diretor, um cenarista e uma secretária, que vão para o campo,<br />

para preparar uma nova película. Não conseguem entender-se, porém, e então<br />

vão surgindo complicações. A fita tem como atriz principal a ótima Dany<br />

Robin, ladeada por Michel Auclair, Michel Roux. e Hildegarde Neff. Não<br />

depositamos toda a nossa confiança nessa fita, porque Duvivier, embora tenha<br />

dirigido os dois filmes de “Dom Camilo”, não é um especialista no gênero<br />

cômico. Além disso soubemos que esta é uma de suas fitas menores. De<br />

qualquer maneira, porém, sempre teremos uma película pessoal.<br />

“Momento de desespero”, um filme inglês no Marabá, também atrai um<br />

pouco a nossa atenção. Compton Benett, que dirigiu “O sétimo véu” e alguns<br />

outros melodramas de certo interesse, sendo também responsável pela direção<br />

de “As minas do rei Salomão”, do. Metro, aparece como diretor do filme, que<br />

narra a história de uma grande traição. O elenco traz o ótimo Dirk Bogarde<br />

como protagonista,<br />

Os demais filmes, pouco interesse apresentam. O Marrocos, com seu<br />

circuito, apresenta uma revista nacional, “Malandros em 4 o dimensão”, dirigido<br />

pelo mais produtivo mais lamentável dos cineasta nacionais, Luis de Barros. O<br />

Bandeirantes apresenta-nos uma comédia classe B, “A vênus de Bagdá.”, com<br />

Paul Henreid, que anda desaparecido, e a péssima Patrícia Medina. No Art-<br />

Palacio temos mais uma superprodução italiana, “Frineia, cortesã do Oriente”,<br />

que tem contra si não só o seu gênero, como também a direção do péssimo<br />

Mario Bonnard, um dos mais velhos cineastas em atividade. Esta semana, aliás,<br />

parece ser especialista em diretores da mais baixa qualidade, pois o Ritz São<br />

João apresenta-nos um filme de outro cineasta fraquíssimo, Frederick De<br />

Cordova; estamos falando de “Jornada sangrenta”, um “western” estereotipado.

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