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CRÍTICA DE CINEMA EM O TEMPO – 1954 - Bresser Pereira

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REBELIÃO NA ÍNDIA<br />

27.06.54<br />

(“King of the Khyber Rifles”). EUA. 53 Direção de Henry King. Roteiro de Ivan<br />

Goff e Ben Roberts, baseado em novela de Talbot Mundy, pré-adaptada por Harry<br />

Kleiner. Música de Bernard Hermman,. Fotografia de Leon Shamroy. Elenco:<br />

Tyrone Power, Terry Moore, Michael Rennie, Jhn Justin, Guy Rolf, Murray<br />

Matheson e outros. Produção de Frank P. Rosemberg para a fox. Em exibição no<br />

Republica e Plaza em projeção cinemascope.<br />

Cot.: Fraco Gen.: Para todos<br />

O cinemascopio começou apenas razoavelmente com “O manto<br />

sagrado”, mas depois se afundou na mais absoluta mediocridade em filmes<br />

como “Sob o comando da morte” “Como agarrar um milionário”, e agora este<br />

“Rebelião na índia”. Não pretendemos voltar a citar as vantagens e<br />

desvantagens desse sistema. Ele é um fato consumado e só nos resta esperar<br />

agora que filmes de maio envergadura do que as meras reconstruções<br />

históricas, fitas de aventura, de comediazinhas, sejam realizados. Por enquanto<br />

a uma coisa que podemos afirmar com certeza é que as películas em<br />

cinemascopio até hoje exibidas em São Paulo não merecem maior atenção,<br />

inclusive “Kinge of Khyber Rifles”.<br />

O que nos atraia nesta fita era a direção de Henry King, velho diretor<br />

comercializado, especialista em superproduções da Fox, mas que possui um<br />

inegável talento. As fitas por ele dirigidas apresentam sempre uma linguagem<br />

cinematográfica curtíssima e uma percepção do humano e do dramático<br />

absolutamente autêntica, como pudemos ver em “Davi e Betsabá”, “O capitão<br />

de Castela”, “As neves do Kilimanjaro” e muitas outras películas, todas elas de<br />

valor muito discutível, devido às intenções nitidamente comerciais dos<br />

produtores e aos péssimos roteiros que lhe apresentavam. Mas é preciso não<br />

esquecer que, ao lado dessas fitas, ele realizou um “wester”, e um filme de<br />

guerra, respectivamente “O matador” e “Almas em chamas”, que se incluem<br />

entre os clássicos desses gêneros. Nesses filmes lhe deram bons roteiros e ele<br />

pôde por a prova toda a sua capacidade, fazendo com que nós, depois disso,<br />

sempre esperemos que ele volte a fazer fitas iguais.<br />

Em “Rebelião na Índia”, porém, tivemos uma de suas películas mais<br />

medíocres Indiscutivelmente Henry King conseguiu ainda criar alguns bons<br />

momentos, e o ritmo que ele imprimiu à fita é absolutamente correto, salvandoa<br />

de tornar-se profundamente sonolenta, mas de um modo geral ele se amoldou<br />

à mediocridade dos péssimos roteiristas Ben Roberts e Ivan Goff (“Adeus meu

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