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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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definida como aquela temperaturta na qual a energia CEV (ou "CVN") assume algum valor (por<br />

exemplo, 20 J ou 15 ft-lb), ou correspondente a alguma dada aparência de fratura (por exemplo,<br />

50% fratura fibrosa). Os assuntos se complicam mais ainda porquanto uma diferente temperatura de<br />

transição pode ser obtida para cada um desses critérios. Talvez a mais conservadora temperatura de<br />

transição dútil-a-frágil é aquela na qual a superfície de fratura se torna 100% fibrosa; nesta base, a<br />

temperatura de transição é aproximadamente 110 o C (230 o F) para aço liga que é o assunto da<br />

Figura 8.14.<br />

Estruturas construídas a partir de ligas que exibem este comportamento dútil-a-frágil<br />

deveríam ser usadas apenas em temperaturas acima da temperatura de transição, a fim de evitart<br />

falha frágil e catastrófica. Exemplos clássicos deste tipo de falha ocorreram, com desastrosas<br />

consequências, durante a Segunda Guerra Mundial quando um número de navios de transporte<br />

solda<strong>dos</strong>, fora de combate, repentinamente e precipitadamente se partiram ao meio. Estes vasos<br />

foram constrúi<strong>dos</strong> com um aço liga que tinha adequada dutilidade em testes de tração à temperatura<br />

ambiente de sala (aprox. 25 o C). As fraturas dúteis ocorreram em temperaturas ambientes<br />

relativamente baixas, cerca de 4 o C (40 o F), na vizinhança da temperatura de transição da liga. Cada<br />

trinca de fratura se originou em algum ponto de concentração de tensão, provavelmente em cantos<br />

vivos ou defeitos de fabricação, cujas trincas se propagaram ao redor de toda a barrigueira ("girth")<br />

<strong>dos</strong> navios que se partiram.<br />

Nem todas as ligas metálicas apresentam uma transição dútil-a-frágil. Aquelas tendo<br />

estruturas cristalinas CFC (incluindo ligas à base de alumínio e à base de cobre) remanescem dúteis<br />

mesmo em temperaturas extremamente baixas. Entretanto, ligas CCC e HC experimentam esta<br />

transição. Para estes materiais a temperatura de transição é sensível tanto à composição da liga<br />

quanto à sua microestrutura. Por exemplo, o decréscimo do tamanho médio de grão de aços resulta<br />

num abaixamento da temperatura de transição. Também, o teor de carbono tem uma influência<br />

decisiva sobre o comportamento da energia CEV(ou "CVN")-temperatura de um aço, como<br />

indicado na Figura 8.16.<br />

A maioria das cerâmicas e polímeros experimentam a transição dútil-a-frágil. Para<br />

materiais cerâmicos, a transição ocorre apenas em temperaturas elevadas, ordinariamente acima de<br />

1000 o C (1850 o F). Este comportamento, no que se relaciona a polímeros, é discutido na Seção<br />

16.9.<br />

FADIGA<br />

Fadiga é uma forma de falha que ocorre em estruturas submetidas a tensões dinâmicas e flutuantes<br />

(por exemplo, pontes, aeronaves e componentes de máquinas). Sob estas circunstâncias é possível<br />

para a falha ocorrer num nível de tensão consideravelmente inferior ao limite de resistência à tração<br />

ou ao limite de escoamento para uma carga estática. O termo "fadiga" é usado porque este tipo de<br />

falha normalmente ocorre após um prolongado período de ciclagem de tensão ou deformação.<br />

Fadiga é importante porquanto êle é a maior causa simples de falha metais, estimada como<br />

compreendendo aproximadamente 90% de todas as falhas metálicas; polímeros e cerâmicas (exceto

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