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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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misturas de íons de 2 metais divalentes tais como (Mn,Mg)Fe 2 O 4 , onde a razão Mn 2+ :Mg 2+ pode<br />

ser variada; estas são chamadas ferritas mistas.<br />

Tabela 21.4 - Momentos Magnéticos Líqui<strong>dos</strong> para Seis Cátions<br />

<strong>Materiais</strong> cerâmicos outros que não ferritas cúbicas são também ferrimagnéticos; estes<br />

incluem as ferritas hexagonais e garnets. Ferritas hexagonais têm uma estrutura cristalina similar<br />

àquela do espinélio inverso, com simetria hexagonal em vez de simetria cúbica. A fórmula química<br />

para estes materiais pode ser representada por AB 12 O 19 , onde A é um metal divalente tal como<br />

bário, chumbo ou estrôncio, e B é um metal trivalente tal como alumínio, gálio, cromo ou ferro. Os 2<br />

exemplos mais comuns de ferritas hexagonais são PbFe 12 O 19 e BaFe 12 O 19 .<br />

Os garnets têm uma estrutura cristalina muito complicada, que pode ser representada pela<br />

fórmula geométrica M 3 Fe 5 O 12 ; aqui, M representa um íon de metal de terras raras tais como<br />

samário, európio, gadolínio ou ítrio. O garnet de ferro e ítrio (Y 3 Fe 5 O 12 ), às vezes denominado<br />

YIG, é o material mais comum deste tipo.<br />

As magnetizações de saturação para materiais ferrimagnéticos não são tão altas quanto<br />

para os ferromagnetos. Por outro lado, ferritas, sendo materiais cerâmicos, são bons isoladores<br />

eletrônicos. Para algumas aplicações magnéticas, tais como transformadores de alta-frequência,<br />

uma baixa condutividade é a mais desejável.<br />

PROBLEMA EXEMPLO 21.2<br />

21.6 - A INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO COMPORTAMENTO MAGNÉTICO<br />

A temperatura pode também influenciar as características magnéticas <strong>dos</strong> materiais. Pode-se<br />

relembrado que a elevação a temperaturade um sólido resulta num aumento da magnitude das<br />

vibrações térmicas <strong>dos</strong> átomos. Os momentos magnéticos <strong>dos</strong> átomos são livre para rodar;<br />

portanto, com a elevação da temperatura, o movimento térmico aumentado <strong>dos</strong> átomos tende a<br />

randomizar as direções de quaisquer momentos que podem estar alinha<strong>dos</strong>.<br />

Para materiais ferromagnético, antiferromagnético e ferrimagnéticos, os movimentos<br />

térmicos atômicos contrabalançam as forças de emparelhamento entre os momentos de dipolo<br />

atômico adjacentes, causando algum desalinhamento de dipolo, independentemente da presença de<br />

um campo externo. Isto resulta num decréscimo na magnetização de saturação tanto para<br />

ferromagnetos quanto para ferrimagnetos. Esta magnetização de saturação está num máximo a 0 K,<br />

onde as vibrações térmicas se encontram num mínimo. Com o aumento da temperatura, a<br />

magnetização de saturação decresce gradualmente e a seguir cai abruptamente a zero no que é<br />

chamada a temperatura Curie, T c . O comportamento Magnetização-temperatura para ferro e<br />

Fe 3 O 4 está representado na Figura 21.10. Em T c as forças mútuas de emparelhamento de "spin"<br />

são completamente destruídas, de tal modo que para temperaturas superiores a T c tanto os<br />

materiais ferromagnéticos quanto os materiais ferrimagnéticos se tornam paramagnéticos. A<br />

magnitude da temperatura Curie varia de material a material; por exemplo, para ferro, cobalto,<br />

níquel e Fe 3 O 4 , os respectivos valores são 768, 1120, 335 e 585 o C.

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