30.01.2015 Views

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Uma vez que a transformação martensítica não envolve difusão, ela ocorre quase que<br />

instantâneamente; os grãos de martensita se nucleiam e crescem numa taxa muito rápida - a<br />

velocidade do som dentro da matriz de austenita. Assim a taxa de transformação martensítica, para<br />

to<strong>dos</strong> os propósitos práticos, independente do tempo.<br />

Grãos de martensita toma uma aparência em forma de placa (chapa) ou de agulha, como<br />

indicado na Figura 10.13. A fase branca na micrografia é muito provavelmente austenita (austenita<br />

retida) que não se transformou durante o rápido resfriamento. Como já foi mencionado<br />

anteriormente, martensita bem como outros microconstituintes (por exemplo, perlita) podem<br />

coexiistir.<br />

Figura 10.13 - Fotomicrografia mostrando a microestrutura da martensita. Os grãos em forma de<br />

agulha são de fase martensítica e as regiões brancas são de austenita que falhou em se transformar<br />

durante o rápido resfriamento. 1220x. (Fotomicrografia cortesia de United States Steel<br />

Corporation).<br />

Sendo uma fase de não-equilíbrio, martensita não aparece no diagrama de fase ferrocarboneto<br />

de ferro (Figura 9.20). A transformação austenita-à-martensita é, entretanto,<br />

representada no diagrama de transformação isotérmica. De vez que a transformação martensítica é<br />

sem difusão e instantânea, ela não está desenhada neste diagrama semelhantemente às reações<br />

perlítica e bainítica. O começo desta transformação está representado por uma linha horizontal<br />

designada M (início ou "start"em inglês) (Figura 10.14). Duas outras linhas horizontais e tracejadas,<br />

rotuladas como M(50%) e M(90%), indica porcentagens da transformação austenita-à-martensita.<br />

As temperaturas nas quais estas linhas estão localizadas variam com a composição da liga mas, não<br />

obstante, devem ser relativamente baixas porque difusão de carbono deve virtualmente inexistir. O<br />

caráter horizontal e linear destas linhas indica que a transformação martensítica é independente do<br />

tempo; ela é uma função apenas da temperatura até à qual a liga é temperada ou rapidamente<br />

resfriada. Uma transformação deste tipo é denominada uma transformação atérmica.<br />

Figura 10.14 - O diagrama de transformação isotérmica completa para uma liga ferro-carbono de<br />

composição eutetóide: A, austenita; B, bainita; M, martensita; P, perlita.<br />

Considere-se uma liga de composição eutetóide que é muito rapidamente resfriada a partir<br />

de uma temperatura acima de 727 o C (1341 o F) para , digamos, 165 o C (330 o F). A partir do<br />

diagrama de transformação isotérmica (Figura 10.14) pode-se notar que 50% da austenita se<br />

transformará imediatamente à martensita; e durante o tempo em que a temperatura for mantida<br />

constante, não haverá nenhuma transformação adicional.<br />

A presença de elementos de liga outros que não o carbono (por exemplo, Cr, Ni, Mo e<br />

V) pode causar significativas mudanças nas posições e forma das curvas nos diagramas de<br />

transformação isotérmica. Estas incluem (1) deslocamento do nariz da transformação austenita--àperlita<br />

para maiores tempos (e também um nariz da fase proeutetóide, se tal existir), e (2) a<br />

formação de um separado nariz da bainita. Estas alterações podem ser observadas comparando-se<br />

Figuras 10.14 e 10.15, que são os diagramas de transformações isotérmicas para aços carbono e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!