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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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15.10 - CRISTALINIDADE DE POLÍMERO<br />

O estado cristalino pode existir em material poliméricos. Entretanto, de vez que êles envolvem<br />

moléculas ,em vez de unicamente átomos ou íons como em metais ou cerâmicas, os arranjos<br />

atômicos serão mais complexos para polímeros. Nós pensamos em cristalinidade de polímeros<br />

como o empacotamento de cadeias moleculares de maneira a produzir um arranjo atômico<br />

ordenado. Estruturas cristalinas podem ser especificadas em termos de células unitárias, que são às<br />

vezes bastante complexas. Por exemplo, Figura 15.10 mostra a célula unitária para polietileno e sua<br />

correlação à estrutura da cadeia molecular; esta célula unitária tem geometria ortorrômbica (Tabela<br />

3.2). Naturalmente, as moléculas da cadeia também se estendem além da célula unitária mostrada<br />

na figura.<br />

Figura 15.10 - Arranjo de cadeias moleculares numa célula unitária para o polietileno. (Adaptado a<br />

partir de C.W.Bunn, Chemical Crystallography, Oxford University Press, Oxford, 1945,p.233).<br />

Substâncias moleculares tendo pequenas moleculas (por exemplo, água e metano) são<br />

normalmente quer totalmente cristalinas (como sóli<strong>dos</strong>) quer totalmente amorfas (como líqui<strong>dos</strong>).<br />

Como uma consequência de seu tamanho e às vezes de sua complexidade, moléculas de polímeros<br />

são às vezes apenas parcialmente cristalinas (ou semicristalinas),tendo regiões cristalinas dispersas<br />

dentro do remanescente material amorfo. Qualquer desordem da cadeia ou desalinhamento da<br />

cadeia resultará numa região amorfa, uma condição que é bastante comum, de vez que torcimento,<br />

retorcimento e embobinamento das cadeias previnem o ordenamento estrito de todo segmento de<br />

toda cadeia. Outros efeitos estruturais são também influencia<strong>dos</strong> pela extensão da cristalinidade,<br />

como discutido abaixo.<br />

O grau de cristalinidade pode variar desde completamente amorfo até quase inteiramente<br />

cristalino (até cerca de 95%); para contrastar, amostras de metais são quase sempre inteiramente<br />

cristalinas, enquanto que muitas cerâmicas são ou totalmente cristalinas ou totalmente nãocristalinas.<br />

Polímeros semicristalinos são, num sentido, análogos a ligas metálicas bifásicas, discutidas<br />

anteriormente.<br />

A densidade de um polímero cristalino será maior do que aquela de um polímero amorfo do<br />

mesmo material e mesma massa molecular, de vez que as cadeias estão mais estreitamente<br />

empacotadas entre si para a estrutura cristalina. O grau de cristalinidade por peso pode ser<br />

determinado a partir de medições precisas de densidade, de acordo com a relação<br />

% cristalinidade = [ρ c (ρ s - ρ a ) / ρ s (ρ c -ρ a )] x100 (15.10)<br />

onde ρ s é a densidade de uma amostra para a qual a porcentagem de cristalinidade se quer<br />

determinar, ρ a é a densidade do polímero totalmente amorfo e ρ c é a densidade do polímero<br />

perfeitamente cristalino. Os valores de ρ a e ρ c devem ser medi<strong>dos</strong> por outros meios experimentais.<br />

O grau de cristalinidade de um polímero depende da taxa de resfriamento durante a<br />

solidificação bem como da configuração da cadeia. Durante a cristalização no resfriamento através<br />

da temperatura de fusão, as cadeias, que são altamente randômicas e emaranhadas no líquido<br />

viscoso, devem assumir uma configuração ordenada. Para que isto ocorra, suficiente tempo deve ser

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