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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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A condutibilidade de materiais semicondutores depende do número de elétrons livres<br />

na banda de condução e também do número de buracos na banda de valência, de acordo com<br />

a Equação 19.13. Energia térmica associada com vibrações da rede podem promover<br />

excitações eletrônicas nas quais elétrons livres e/ou buracos são cria<strong>dos</strong>, como descrito na<br />

Seção 19.6. Adicionais portadores de carga podem ser gera<strong>dos</strong> como uma consequência de<br />

transições eletrônicas induzidas por fóton nas quais luz é absorvida; o acompanhante aumento<br />

em condutividade é denominado fotocondutividade. Assim, quando uma amostra de um<br />

material fotocondutivo é iluminado, a condutividade cresce.<br />

Esse fenômeno é utilizado em medidores de luz fotográficos. Uma corrente<br />

fotoconduzida é medida e sua magnitude é uma função direta da intensidade da radiação<br />

luminosa incidente, ou da taxa na qual os fótons de luz batem no material fotocondutivo.<br />

Naturalmente, radiação luminosa visível deve induzir transições eletrônicas no material<br />

fotocondutivo; sulfeto de cádmio é comumente utilizado em medidores de luz.<br />

A luz solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica em células solares,<br />

que também empregam semicondutores. A operação desses dispositivos é, num sentido, o<br />

reversa daquela de diodo emissor de luz. Uma junção p-n é usada na qual fotoexcita<strong>dos</strong><br />

elétrons e buracos são removi<strong>dos</strong> para longe da junção, em senti<strong>dos</strong> opostos, e se tornam<br />

partede uma corrente externa.<br />

22.13 – LASERS<br />

Todas as transições eletrônicas radiativas até aqui discutidas são espontâneas; isto é,<br />

um elétron cai a partir de um estado de energia alta para um estado de menor energia sem<br />

nenhuma provocação externa. Esses eventos de transição ocorrem independentemente entre si<br />

e em tempos aleatórios, produzindo radiação que é incoerente; isto é, as ondas luminosas<br />

estão defasadas entre si. Com lasers, entretanto, luz coerente é gerada por transições<br />

eletrônicas iniciadas por estímulos externos; de fato, “laser” é justo o “acronym” para<br />

amplificação de luz por estimulada emissão de radiação.<br />

Embora existam várias diferentes variedades de laser, os princípios de operação são<br />

explica<strong>dos</strong> usando o laser de rubi de estado sólido. Rubi é simplesmente um monocristal de<br />

Al 2 O 3 (safira) ao qual foram adiciona<strong>dos</strong> cerca de 0,05% de íons Cr 3+ . Como previamente<br />

explicado(Seção 22.9), esses íons conferem ao rubi sua característica cor vermelha; mais<br />

importante, eles provêem esta<strong>dos</strong> eletrônicos que são essenciais para que o laser funcione. O<br />

laser de rubi encontra-se na forma de uma haste, as extremidades da qual são planas,<br />

paralelas, e altamente polidas. Ambas as extremidades são prateadas de tal maneira que uma<br />

é completamente refletora e a outra é parcialmente transmissora.<br />

O rubi é iluminado com luz a partir de uma lâmpada de “flash”de xenon (Figura<br />

22.11). Antes dessa exposição, virtualmente to<strong>dos</strong> os íons Cr 3+ se encontra no seu estado<br />

terreno; isto é, elétrons preenchem os mais baixos níveis energéticos, como representado<br />

esquematicamente na Figura 22.12. Entretanto, fótons de comprimento de onda de 0,56 µm<br />

provenientes da lâmpada de xenon excitam elétrons <strong>dos</strong> íons Cr 3+ para dentro <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> de<br />

energias maiores. Esses elétrons podem decair de volta ao seu estado terreno por dois<br />

diferentes caminhos. Uma parte retorna diretamente; associadas emissões de fótons não são<br />

parte do feixe de laser. Outros elétrons decaem a um estado metaestável intermediário (passo<br />

EM, Figura 22.12), onde eles podem ficar durante cerca de até 3 ms antes da emissão<br />

espontânea (passo MG). Em termos de processos eletrônicos, 3 ms é um tempo relativamente<br />

longo, que significa que um grande número desses esta<strong>dos</strong> metaestáveis podem tornar–se<br />

ocupa<strong>dos</strong>. Essa situação está indicada na Figura 22.13b.

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