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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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um aço é mostrada na Figura 10.25. Antes do revenimento, o material foi temperado em óleo para<br />

produzir a estrutura martensítica; o tempo de revenimento em cada temperatura foi de 1 h. Este tipo<br />

de da<strong>dos</strong> de revenimento é ordinariamente fornecido pelo fabricante do aço.<br />

Figura 10.25 - Resistência à tração, resistência ao escoamento e dutilidade (%AR) versus<br />

temperatura de revenimento para um aço-liga (tipo 4340) temperado em óleo. (Adaptdo a partir de<br />

figura fornecida por cortesia da Republic Steel Corporation).<br />

A dependência da dureza em relação ao tempo a várias temperaturas é apresentada na<br />

Figura 10.26 para um aço de composição eutetóide temperado em água; a escala do tempo é<br />

logarítmica. Com o aumento do tempo a dureza decresce, o que corresponde ao crescimento e<br />

coalescimento das partículas da cementita. Em temperaturas que se aproximam da eutetóide [700 o C<br />

(1300 o F)] e após várias horas, a microestrutura ter-se-á tornado esferoidita (Figura 10.11), com<br />

grandes esferóides de cementita embuti<strong>dos</strong> dentro de uma fase contínua de ferrita.<br />

Correspondentemente, uma martensita superrevenida é relativamente macia e dútil.<br />

Figura 10.26 - Dureza versus tempo de revenimento para um aço carbono comum eutetóide (1080)<br />

temperado em água. (Adaptado a partir de Dr.Edgar C.Bain, Functions of the Alloying Elements<br />

in Steel, American Society for Metals, 1939, p.233).<br />

Fragilidade de Revenido<br />

O revenimento de alguns aços pode resultar numa redução da tenacidade quando medido por testes<br />

de impacto (Seção 8.6); isto é denominado fragilidade de revenido. O fenômeno ocorre quando o<br />

aço é revenido numa temperatura acima de cerca de 575 o C (1070 o F) seguido por resfriamento lento<br />

até à temperatura ambiente, ou quanto o revenimento é realizado numa temperatura compreendida<br />

entre aproximadamente 375 e 575 o C (700 e 1070 o F). Tem-se verificado que aços que são<br />

susceptíveis à fragilidade de revenido contém apreciáveis concentrações <strong>dos</strong> elementos de liga<br />

manganês, níquel ou cromo e, em adição, um ou mais <strong>dos</strong> elementos antimônio, fósforo, arsênio e<br />

estanho como impurezas em relativamente baixas concentrações.<br />

A presença destes elementos de liga e de impurezas desloca a transição dútil-à-frágil para<br />

temperaturas significativamente mais altas; a temperatura ambiente assim situa-se abaixo desta<br />

transição no regime frágil. Tem sido observado que a propagação de trinca destes materiais<br />

fragiliza<strong>dos</strong> é intergranular; isto é, o passo de fratura é ao longo <strong>dos</strong> contornos <strong>dos</strong> grãos da fase<br />

austenita precursora. Além disso, tem-se verificado que elementos de liga e elementos impurezas se<br />

segregam preferencialmente nestes contornos de grão.<br />

A fragilidade de revenido pode ser evitada por (1) controle de composição; e/ou (2)<br />

revenimento acima de 575 o C ou abaixo de 375 o C, seguido por têmpera até à temperatura ambiente.<br />

Além disso, a tenacidade de aços que se tornaram fragiliza<strong>dos</strong> pode ser melhorada<br />

significativamente pelo aquecimento até cerca de 600 o C (1100 o F) e a seguir rápido resfriamento até<br />

abaixo de 300 o C (570 o F).

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