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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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Após a queima, um corpo é usualmente queimado numa temperatura entre 900 e 1400 o C;<br />

a temperatura de queima depende da composição e das desejadas propriedades da peça acabada.<br />

Durante a operação de queima, a densidade é adicionalmente aumentada (com um acompanhante<br />

decréscimo na porosidade) e a resistência mecânica é acentuada.<br />

Quando os materiais basea<strong>dos</strong> em argila são aqueci<strong>dos</strong> até elevadas temperaturas,<br />

ocorrem algumas reações bastante complexas e envolvidas. Uma destas reações é a vitrificação,<br />

a formação gradual de um vidro líquido que se escoa para dentro do volume de poro preenchendoo.<br />

O grau de vitrificação depende da temperatura de queima e do tempo, bem como da<br />

composição do corpo. A temperatura na qual a fase líquida se forma é baixada pela adição de<br />

agentes fundentes tais como feldspato. Esta fase fundida se escoa ao redor das partículas ainda não<br />

fundidas e preenche os poros como um resultado das forças de tensão superficial (ou ação capilar);<br />

contração também acompanha este processo. No resfriamento, esta fase fundida forma uma matriz<br />

vítrea que resulta num corpodenso e forte. Assim, a microestrutura final consiste da fase vitrificada,<br />

quaisquer partículas de quartzo não reagidas e alguma porosidade. A Figura 14.10 é uma<br />

fotomicrografia de uma porcelana queimada na qual podem ser vistos alguns desses elementos<br />

microestruturais.<br />

Figura 14.10 - Fotomicrografia de uma amostra de porcelana sinterizada (atacada 10s, a 0 o C,<br />

4%HF) mostrando grãos de quartzo (partículas grandes claras), grãos de feldspato parcialmente<br />

dissolvi<strong>dos</strong> (partículas pequenas indistintas), uma matriz vítrea (argila) e poros escuros. 400x. (de<br />

W.D. Kingery, H.K. Bowen and D.R. Uhlman, Introduction to Ceramics, 2nd edition, p.536,<br />

Copyright 1976 por John Wiley & Sons, New York,Reimpresso por permissão de John Wiley &<br />

Sons, Inc.).<br />

O grau de vitrificação, naturalmente, controla as propriedades à temperatura ambiente <strong>dos</strong><br />

utensílios cerâmicos; resistência mecânica, durabilidade e densidade são todas elas melhoradas à<br />

medida em que o grau de vitrificação aumenta. A temperatura de queima determina a extensão na<br />

qual a vitirificação ocorre; isto é, a vitrificação aumenta à medida em que a temperatura de queima<br />

sobe. Tijolos de construção são ordinariamente queima<strong>dos</strong> a 900 o C e são relativamente porosos.<br />

Por outro lado, a queima da porcelana altamente vitrificada, cujas bordas sendo oticamente<br />

translúcidas, ocorre em temperaturas muito maiores. Completa vitrificação é evitada durante a<br />

queima, de vez que o corpo se torna demasiado macio e entra em colapso.<br />

REFRATÁRIO<br />

Uma outra importante classe de cerâmicas que são utilizadas em grandes tonelagens são<br />

as cerâmicas de refratários. As salientes propriedades destes materiais incluem a capacidade de<br />

suportar altas temperaturas sem fusão ou decomposição e a capacidade de remanescer não<br />

reagi<strong>dos</strong> e inertes quando expostos a ambientes severos. Em adição, a capacidade de proporcionar<br />

isolamento térmico é muitas vezes uma consideração importante. <strong>Materiais</strong> refratários são

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