30.01.2015 Views

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Figura 21.18 - A dependência da resistividade elétrica em relação à temperatura para materiais<br />

condutores normais e supercondutores na vizinhança de 0 K.<br />

Em temperaturas inferiores à T C , o estado supercondutor cessará ao se aplicar um<br />

suficientemente grande campo magnético, denominado campo crítico H C , que depende da<br />

temperatura e decresce com o aumento da temperatura. O mesmo pode ser dito para a densidade<br />

de corrente; isto é, existe uma densidade de corrente aplicada crítica J C abaixo da qual um material<br />

é supercondutivo. A Figura 21.19 mostra esquematicamente o limite no espaço temperatura-campo<br />

magnético-densidade de corrente separando os esta<strong>dos</strong> normal e supercondutor. A posição deste<br />

limite dependerá, naturalmente, do material. Para valores de temperatura, campo magnético e<br />

densidade de corrente situa<strong>dos</strong> entre a origem e este limite, o material será supercondutor; fora<br />

deste contorno, a condução é normal.<br />

21.19 - O contorno (limite) de temperatura crítica, densidade de corrente crítica e campo magnético<br />

crítico separando esta<strong>dos</strong> supercondutor e condutor normal (esquemático).<br />

O fenômeno da supercondutividade tem sido satisfatoriamente explicado por meio de uma<br />

teoria bastante complicada. Em essência, o estado supercondutivo resulta de interações atrativas<br />

entre pares de elétrons condutores; os movimentos destes elétrons emparelha<strong>dos</strong> se tornam<br />

coordena<strong>dos</strong> de maneira que espalhamento por vibrações térmicas e átomos de impureza é<br />

altamente ineficiente. Assim, a resistividade, sendo ela proporcional à incidência de espalhamento de<br />

elétrons, é zero.<br />

Com base na resposta magnética, materiais supercondutores podem ser dividi<strong>dos</strong> em 2<br />

classificações designadas como tipo I e tipo II. <strong>Materiais</strong> do tipo I, enquanto estiverem no estado<br />

supercondutor, são completamente diamagnéticos; isto é, todo o campo magnético aplicado será<br />

excluído do corpo do material, um fenômeno conhecido como o efeito Meissner, que é ilustrado na<br />

Figura 21.20. À medida em que H é aumentado , o material remanesce diamgnético até que o<br />

campo magnético crítico H C seja atingido. Neste ponto, a condução se torna normal e ocorre a<br />

completa penetração do fluxo magnético.Vários elementos metálicos incluindo alumínio, chumbo e<br />

mercúrio pertencem a grupo do tipo I.<br />

Figura 21.20 - Representação do efeito Meissner. (a) Enquanto estiver no estado supercondutor,<br />

um corpo de material (círculo) exclui um campo magnético (setas) a partir do interior. (b)O campo<br />

magnético penetra o mesmo corpo de material uma vez ele se torne normalmente condutor.<br />

Supercondutores do tipo II são completamente diamagnéticos a baixos campos aplica<strong>dos</strong><br />

e exclusão de campo é total. Entretanto, a transição a partir do estado supercondutor para o estado<br />

normal é gradual e ocorre entre os campos crítico inferior e crítico superior, designa<strong>dos</strong> H C1 e H C2 ,<br />

respectivamente. As linhas de fluxo magnético começam a penetrar no corpo do material em H C1 e<br />

com o aumento do campo magnético, esta penetração continua; em H c2 a penetração de campo é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!