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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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<strong>Materiais</strong> são às vezes coloca<strong>dos</strong> em serviço a elevadas temperaturas e expostos a tensões<br />

mecânicas estáticas (por exemplo, rotores de turbinas em engenhos a jato e geradores de vapor<br />

dágua que experimentam tensões centrífugas, e linhas de vapor de água de alta pressão).<br />

Deformação sob tais circunstâncias é denominada fluência ("creep"). Definida como deformação<br />

permanente, dependente do tempo, de materiais quando submeti<strong>dos</strong> a uma carga ou tensão<br />

constante, a fluência é normalmente um fenômeno indesejável e às vezes o fator limitante na vida de<br />

uma parte. Ela é observada em to<strong>dos</strong> os tipos de materiais; para metais ela só se torna importante<br />

para temperaturas maiores do que cerca de 0,4 T m ( T m = temperatura absoluta de fusão).<br />

Polímeros amorfos, que incluem plásticos e borrachas, são especialmente sensíveis à deformação<br />

por fluência como discutido na Seção 16.6.<br />

8.13 - COMPORTAMENTO GENERALIZADO DE FLUÊNCIA<br />

Um teste típico de fluência consiste em submeter uma amostra a uma carga ou tensão constante<br />

enquanto se mantém a temperatura constante; deformação é medida e graficada como uma função<br />

do tempo decorrido. A maioria <strong>dos</strong> testes é do tipo de carga constante, que fornece informação de<br />

uma natureza de engenharia; testes de tensão constante são emprega<strong>dos</strong> para fornecer um melhor<br />

entendimento <strong>dos</strong> mecanismos de fluência.<br />

A Figura 8.32 é uma representação esquemática do comportamento típico de fluência de<br />

metais sob carga constante. Ao se aplicar a carga existe uma deformação instantânea, como<br />

indicada na figura, que é principalmente elástica. A resultante curva de fluência consiste de 3 regiões,<br />

cada qual tendo a sua própria característica distintiva deformação-tempo. Fluência prinmária ou<br />

transiente ocorre primeiro, tipificada por uma continuamente decrescente taxa de fluência; isto é, a<br />

inclinação da curva diminui com o tempo. Isto sugere que o material está experimentando um<br />

aumento na resistência à fluência ou endurecimento por deformação (Seção 7.10) - deformação se<br />

torna mais difícil à medida em que o material é esticado. Para a fluência secundária, às vezes<br />

denominada fluência de estado estacionário, a taxa é constante; isto é, o gráfico se torna linear.<br />

Este é às vezes o estágio de fluência que é de mais longa duração. A constância da taxa de fluência<br />

é explicada com base num balanço entre os processos competitivos de endurecimento por<br />

deformação e recuperação, recuperação (Seção 7.11) sendo o processo pelo qual um material se<br />

torna mais macio e retém sua capacidade para experimentar deformação. Finalmente, para a<br />

fluência terciária, existe uma aceleração da taxa e da falha final. Esta falha é frequentemente<br />

denominada ruptura e resulta a partir de mudanças microestrutural e/ou metalúrgicas; por exemplo,<br />

separação de contorno de grão e a formação de trincas internas, cavidades e vazios. Também para<br />

cargas de tração, um pescoço pode se formar em algum ponto dentro da região de deformação.<br />

Tudo isto conduz a um decréscimo na área da seção reta efetiva e um aumento na taxa de<br />

deformação.<br />

Para materiais metálicos a maioria <strong>dos</strong> testes de fluência são conduzi<strong>dos</strong> em tensão<br />

uniaxial usando uma amostra tendo a mesma geometria que para os testes de tração (Figura 6.2).<br />

Por outro lado, testes de compressão uniaxial são mais apropria<strong>dos</strong> para materiais frágeis; estes<br />

fornecem uma melhor medida das intrínsecas propriedades de fluência porquanto não exista<br />

nenhuma amplificação de tensão e propagação de trinca, tal comocom cargas de tração. Amostras

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