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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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onde σ o é a magnitude da tensão de tração aplicada nominal, ρ t é o raio de curvatura da ponta da<br />

trinca (Figura 8.7a), e a representa o comprimento de uma trinca superficial ou a metade do<br />

comprimento de uma trinca interna. Assim para uma microtrinca relativamente longa que tem um<br />

pequeno raio de curvatura na ponta, o fator (a / ρ t ) 1/2 pode ser muito grande. Isto vai fornecer um<br />

valor de σ m que é muitas vezes aquele de σ o .<br />

Às vezes a razão σ m / σ o é denotada como o fator de concentração de tensão, K t :<br />

K t = σ m / σ o = 2(a / ρ t ) 1/2 (8.2)<br />

que é simplesmente uma medida do grau até onde uma tensão externa é amplificada na ponta de<br />

uma pequena trinca.<br />

Como um comentário, deveria ser dito que amplificação de tensão não está restrita a estes<br />

defeitos microscópicos; ela pode ocorrer em descontinuidades internas macroscópicas (por<br />

exemplo, buracos), em arestas vivas e entalhes em estruturas grandes. A Figura 8.8 mostra curvas<br />

teóricas de fator de concentração de tensão para város componentes simples e comuns.<br />

Figura 8.8 - Curvas teóricas de fator de concentração de tensão para 3 formas geométricas simples.<br />

(A partirde G.H. Neugebauer, Prod. Eng.(NY), Vol. 14, pp.82-87, 1943).<br />

Além disso, o efeito de um elevador de tensão é mais significativo em materiais frágeis do<br />

que em materiais dúteis. Para um material dútil, a deformação plástica ocorre quando a tensão<br />

máxima excede a resistência ao escoamento (limite convencional de elasticidade). Isto conduz a uma<br />

distribuição mais uniforme de tensão na vizinhança do elevador de tensão e ao desenvolvimento de<br />

um fator de concentração de tensão máxima menor do que o valor teórico. Tal escoamento e<br />

redistribuição de tensão não ocorre em qualquer extensão apreciável ao redor das falhas (defeitos) e<br />

descontinuidades em materiais frágeis; portanto, resultará essencialmente a concentração teórica de<br />

tensão.<br />

Griffith a seguir propôs que to<strong>dos</strong> os materiais frágeis contivessem uma população de<br />

pequenas trincas e falhas que têm uma variedade de tamanhos, geometrias e orientações. A fratura<br />

resultará quando, sob aplicação de uma tensão de tração, a resistência coesiva teórica do material é<br />

excedida na ponta de uma destas falhas. Isto conduz à formação de uma trinca que então se<br />

propaga rapidamente. Se nenhuma falha estiver presente, a resistência à fratura seria igual à<br />

resistência coesiva do material.Whiskers (filamentos ou agulhas) metálicos ou cerâmicos muito<br />

pequenos e virtualmente livres de defeito foram cresci<strong>dos</strong> com resistências à fratura que se<br />

aproximam <strong>dos</strong> seus valores teóricos.<br />

A Teoria de Griffith da Fratura Frágil<br />

Durante a propagação de uma trinca, existe uma liberação do que é denominado energia de<br />

deformação elástica , alguma energia que é estocada no material quando êle é elásticamente<br />

deformado. Além disso, durante o processo de extensão da trinca, novas superfícies livres são<br />

criadas nas faces de uma trinca, que dá origem a um aumento na energia superficial do sistema.

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