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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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tensão-deformação se parece com a curva A na Figura 16.1.<br />

16.8 - FRATURA DE POLÍMEROS<br />

Resistências à fratura de materiais poliméricos são baixas em relação àquelas de metais e<br />

de cerâmicas. Como uma regra geral, o modo de fratura em polímeros termorrígi<strong>dos</strong> é frágil. Em<br />

palavras simples, associado ao processo de fratura se encontra a formação de trincas em regiões<br />

onde existe uma localizada concentração de tensão (isto é, riscos, entalhes e falhas abruptas).<br />

Ligações covalentes no reticulado ou na estrutura cruzadamente ligada são quebradas durante a<br />

fratura.<br />

Para polímeros termoplásticos, são possíveis tanto o modo dútil quanto o modo frágil e<br />

muitos desses materiais são capazes de experimentar uma transição dútil-a-frágil. Fatores que<br />

favorecem a fratura dútil são uma redução na temperatura, um aumento na taxa de deformação, a<br />

presença de entalhe abrupto, aumentada espessura da amostra e, em adição, uma modificação da<br />

estrutura do polímero (química, molecular e/ou microestrutural). Termoplásticos vítreos são frágeis a<br />

temperaturas relativamente baixas; à medida em que a temperatura é aumentada, êles se tornam<br />

dúteis na vizinhança de suas temperaturas de transição vítrea e experimentam escoamento plástico<br />

antes da fratura. Este comportamento é demonstrado pelas características tensão-deformação de<br />

polimetilmetacrilato na Figura 16.2. A 4 o C, o PMMA é totalmente frágil, enquanto que a 60 o C êle<br />

se torna extremamente dútil.<br />

Um fenômeno que está envolvido na fratura de alguns polímeros termoplásticos vítreos é a<br />

"frouxidão" (pouca solidez, "crazing"). Partes frouxas ("crazes" se formam em regiões altamente<br />

tensionadas associadas a riscos, falhas,partículas de poeira e inhomogeneidades; elas normalmente<br />

se propagam perpendicularmente ao eixo da tensão de tração. Associadas com as partes frouxas<br />

("crazes") estão as regiões de escoamento muito localizado, que conduzem à fração de fibrilas<br />

(regiões dentro das quais as cadeias moleculares estão orientadas) e também vazios pequenos<br />

interdispersos (microvazios) que estão interconecta<strong>dos</strong>; espessuras típicas de partes frouxas<br />

("crazes") são de 5 µm. A Figura 16.13 é uma fotomicrografia na qual uma parte frouxa é mostrada.<br />

Figura 16.13 - Fotomicrografia de uma parte frouxa ("craze") em óxido de polifenileno. (de R.P.<br />

Kambour e R.E. Robertson, "The Mechanical Properties of Plástics", em Polymer Science, A<br />

Material Science Handbook, A.D. Jenkins, editor. Reimpresso com permissão de Elsevier Science<br />

Publishers.)<br />

Ao contrário de trincas, partes frouxas ("crazes") são capazes de suportar cargas ao longo<br />

de suas faces. As cargas suportadas serão menores do que aquelas de material não frouxo e sem<br />

trinca. Se uma carga de tração aplicada for suficiente, trincas se formarão ao longo das partes<br />

frouxas pela quebra da estrutura fibrilar e expansão <strong>dos</strong> vazios, que é seguida pela extensão da<br />

ponta da trinca através da parte frouxa ("craze").<br />

Princípios de mecânica da fratura desenvolvi<strong>dos</strong> na Seção 8.5 também se aplicam a<br />

polímeros frágeis e quasi-frágeis; a susceptibilidade destes materiais à fratura quando uma trinca<br />

estiver presente pode ser expressa em termos da tenacidade à fratura em deformação plana. A

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