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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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uma concentração de carbono intermediária, transforma-se a uma fase ferrita, tendo um muito menor<br />

teor de carbono e também à cementita, com muito maior concentração de carbono. Para átomos<br />

de carbono se segregarem seletivamente na fase cementita, difusão é necessária. A Figura 10.3<br />

ilustra esquematicamente mudanças microestruturais que acompanham esta reação eutetóide quando<br />

a perlita é formada: a direção da difusão do carbono é indicada pelas setas. Átomos de carbono se<br />

difundem para longe das regiões de ferrita e dirigindo-se para as camadas de cementita, para dar<br />

uma concentração de 6,70%C em peso, à medida em que a perlita se estende do contorno de grão<br />

para o dentro <strong>dos</strong> grãos de austenita não reagida. A perlita em camadas se forma porque os<br />

átomos de carbono precisam se difundir apenas distâncias mínimas com esta estrutura.<br />

Figura 10.3 - Representação esquemática da formaçào de perlita a partir de austenita; direção de<br />

difusão de carbono indicada por setas.<br />

Temperatura desempenha um importante papel na transformação da austenita-à-perlita. A<br />

dependência em relação à temperatura de uma liga ferro-carbono de composição eutetóide<br />

conforme indicado na Figura 10.4, que grafica curvas em forma de S da porcentagem de<br />

transformação versus o logarítmo do tempo em 3 diferentes temperaturas. Para cada curva, da<strong>dos</strong><br />

foram coleta<strong>dos</strong> após resfriamento rápido de uma amostra composta de 100% de austenita à<br />

temperatura indicada; aquela temperatura foi mantida constante através de todo o curso da reação.<br />

Figura 10.4 - Uma liga ferro-carbono de composição eutetóide (0,77%C, em peso), fração reagida<br />

isotermicamente versus o logarítmo do tempo para a transformação da austenita à perlita.<br />

Um modo mais conveniente de representar a dependência desta transformação tanto em<br />

relação ao tempo quanto em relação à temperatura é a porção da base da Figura 10.5. Aqui, os<br />

eixos vertical e horizontal são, respectivamente, temperatura e o logaritmo do tempo. Duas curvas<br />

sólidas são graficadas; uma representa o tempo requerido em cada temperatura para o início ou<br />

partida da transformação; a outra é para a conclusão da transformação. A curva tracejada<br />

corresponde a 50% da transformação completa. Estas curvas foram geradas a partir de uma série<br />

de gráficos da porcentagem de transformação versus o logaritmo do tempo tomado ao longo de<br />

uma faixa de temperatura. A curva em forma de S [para 675 o C(1247 o F)], na porção superior da<br />

Figura 10.5, ilustra como a transferência de da<strong>dos</strong> é feita.<br />

Figura 10.5 - Demonstração de como um diagrama de transformação isotérmica (base) é gerado a<br />

partir de medições de porcentagem de transformação-versus-logarítmo do tempo (topo).<br />

(Adaptado a partir de H.Boyer,Editor, Atlas of Isothermal Transformation and Cooling<br />

Transformation Diagrams, American Society for Metals, 1977,p.369).<br />

Na interpretação destes diagramas, note-se primeiro que a temperatura eutetóide [727 o C<br />

(1341 o F)] é indicada por uma linha horizontal; em temperaturas acima da eutetóide e para to<strong>dos</strong> os<br />

tempos, apenas austenita existirá,como indicado na figura. A transformação austenita-à-perlita

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