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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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cresce até um tamanho de rápida propagação de acordo com Equação 8.3. Além disso, a duração<br />

da aplicação da tensão que precede a fratura decresce com o aumento da tensão.<br />

Consequentemente, quando se especifica a resistência à fadiga estática,o tempo de aplicação da<br />

tensão deveria também ser estipulado. Vidrosde silicado são especialmente susceptíveis a este tipo<br />

de fratura; êle tem sido também observado em outros materiais cerâmicos para incluir porcelana,<br />

cimento portland, cerâmicas de alta alumina, titanato de bário e nitreto de silício.<br />

Existe usualmente considerável variação e dispersão na resistência à fratura para muitas<br />

amostras de um específico material cerâmico frágil. Uma distribuição de resistências à fratura para o<br />

cimento portland está mostrada na Figura 13.25. Este fenômeno pode ser explicado pela<br />

dependência da resistência à fratura em relação à probabilidade da existência de um defeito que seja<br />

capaz de iniciar uma trinca. Esta probabilidade varia de amostra a amostra do mesmo material e<br />

depende da técnica de fabricação e de qualquer subsequente tratamento. Tamanho ou volume da<br />

amostra também influencia a resistência à fratura; quanto maior a amostra tanto maior esta<br />

probabilidade de existência de defeito e tanto menor a resistência à fratura.<br />

Figura 13.25 - Distribuição de frequência de resistências à fratura observadas para um cimento<br />

portland. (A partir de W.Weibull, Ing. Vetensk. Akad., Proc. 151, No. 153, 1939).<br />

Para tensões compressivas, não existe nenhuma amplificação de tensão associada com<br />

quaisquer defeitos existentes. Por esta razão, cerâmicas frágeis exibem muito maiores resistências<br />

em compressão do que em tração e elas são geralmente utilizadas quando condições de carga são<br />

compressivas. Também, a resistência à fratura de uma cerâmica frágil pode ser melhorada<br />

acentuadamente pela imposição de tensões compressivas residuais em sua superfície. Uma maneira<br />

de realizar isto é por revenimento térmico (Vide Seção 14.4).<br />

Foram desenvolvidas teorias estatísticas que em conjunção com os da<strong>dos</strong> experimentais<br />

são usadas para determinar o risco de fratura de um dado material; uma discussão desta está além<br />

do escopo do presente tratamento. Entretanto, devido à dispersão nas resistências à fratura medidas<br />

de materiais cerâmicos, o uso de valores médios e de fatores de segurança como discutido na Seção<br />

6.12 não são normalmente emprega<strong>dos</strong> para os propósitos de projeto.<br />

Como uma consequência do processo de fabricação, alguns sistemas cerâmicos retêm<br />

porosidade residual, que normalmente existe como poros isola<strong>dos</strong> pequenos, aproximadamente<br />

esféricos. Porosidade é usualmente deletéria à resistência à fratura destes materiais por 2 razões: (1)<br />

poros reduzem área de seção reta através da qual uma carga é aplicada; e (2) êles também agem<br />

como concentradores de tensão - para um poro esférico isolado, uma tensão de tração aplicada é<br />

amplificada por um fator de 2. A influência da porosidade é bastante acentuada; experimentalmente<br />

tem sido observado que a resistência de muitas cerâmicas decresce exponencialmente com o<br />

aumento da porosidade.<br />

13.7 - COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO

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