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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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uma regra geral a susceptibilidade à fluência decresce (isto é, E c (t) cresce) à medida em que o grau<br />

de cristalinidade aumenta.<br />

Uma das fascinantes propriedades <strong>dos</strong> materiais elastoméricos é sua elasticidade do tipo<br />

borracha. Isto é, êles têm a capacidade de serem deforma<strong>dos</strong> até deformações bastante grandes , e<br />

a seguir voltarem elasticamente como mola à sua forma original. Este comportamento provavelmente<br />

foi observado primeiro em borracha natural; entretanto, os alguns poucos anos passa<strong>dos</strong> trouxeram<br />

a síntese de um grande número de elastômeros com uma larga variedade de propriedades.<br />

Características típicas de tensão-deformação de materiais elastoméricos estão mostradas na Figura<br />

16.1, curva C. Seus módulos de elasticidade são bastante pequenos e, além disso, variam com a<br />

deformação de vez que a curvade tensão-deformação é não-linear.<br />

Num estado não tensionado, um elastômero será amorfo e composto de cadeias<br />

moleculares que são altamente enroladas, retorcidas e embobinadas. Deformação elástica, ao se<br />

aplicar uma tensão de tração, é simplesmente um parcial desembobinamento, destorcimento e<br />

retificação e o resultante alongamento das cadeias na direção da tensão, um fenômeno representado<br />

na Figura 16.12. Ao se aliviar a tensão, as cadeias voltam como molas para as conformações<br />

anteriores ao tensionamento e a peça macroscópica retorna à sua forma original.<br />

Figura 16.12 - Representação esquemática de moléculas de cadeia polimérica cruzadamente ligadas<br />

(a) num estado não tensionado e (b) durante deformação elástica em resposta a uma aplicada<br />

tensão de tração. (Adaptada a partir de Z.D. Jastrzebski, The Nature and Properties of<br />

Engineering Materials, 3a. edição, Copyright 1987 por John Wiley & Sons, New York.<br />

Reimpresso por permissão de John Wiley &Sons, Inc.).<br />

A força motriz para deformação elástica é um parâmetro termodinâmico chamado<br />

entropia, que é uma medida do grau de desordem dentro de um sistema; entropia cresce com o<br />

aumento da desordem. À medida em que um elastômero é esticado e as cadeias se retificam e se<br />

tornam mais alinhadas, o sistema se torna mais ordenado. A partir deste estado, a entropia aumenta<br />

se as cadeias retornarem aos contornos retorci<strong>dos</strong> e embobina<strong>dos</strong> originais. Dois fenômenos<br />

intrigantes resultam deste efeito entrópico. Primeiro, quando esticado, um elastômero experimenta<br />

uma elevação na temperatura; segundo, o módulo de elasticidade aumenta com a elevação da<br />

temperatura, que é oposto ao comportamento encontrado em outros materiais (vide Figura 6.7).<br />

Vários critérios devem ser atendi<strong>dos</strong> a fim de que um polímero seja elastomérico: (1) êle<br />

não deve se cristalizar facilmente; materiais elastoméricos são amorfos. (2) Rotações de ligações<br />

de cadeia devem ser relativamente livres a fim de que cadeias embobinadas respondam prontamente<br />

a uma força aplicada. (3) Para que elastômeros experimentem deformações elásticas relativamente<br />

grandes, o início da deformação plástica deve ser retardado. A restrição <strong>dos</strong> movimentos relativos<br />

das cadeias entre si por ligações cruzadas realiza este objetivo. As ligações cruzadas agem como<br />

pontos de âncora entre as cadeias e previnem a ocorrência de escorregamento (deslizamento) de<br />

cadeia; o papel das ligações cruzadas no processo de deformação está ilustrado na Figura 16.12.<br />

Ligação cruzada em muitos elastômeros é realizada num processo denominado vulcanzação, a ser<br />

discutido na Seção 16.14. (4) Finalmente, o elastômero deve estar acima da sua temperatura de<br />

transição vítrea. A mais baixa temperatura na qual persiste o comportamento tipo borracha é T g<br />

(Figura 16.10), que para muitos elastômeros comuns se situa entre -50 e -90 o C. Abaixo da sua<br />

temperatura de transição vítrea, um elastômero se torna frágil de maneira que o comportamento

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