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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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haverão constricções (apertos) nas direções laterais (x e y) perpendiculares à tensão aplicada; a<br />

partir destas contrações, a deformação compressiva ε x e ε y podem ser determinadas. Se a tensão<br />

aplicada for uniaxial (apenas na direção z), então ε x = ε y . Um parâmetro denominado razão de<br />

Poisson ν é definido como a razão entre as deformações lateral e axial, ou<br />

ν = - ε x / ε z = - ε y / ε z (6.7)<br />

Figura 6.8 - Elongação axial (z) (deformação positiva) e lateral (x e y) contrações (deformações<br />

negativas) em resposta a uma imposta tensão de tração. As linhas cheias representam dimensões<br />

após a aplicação da tensão; linhas tracejadas, antes.<br />

O sinal negativo é incluído na expressão de maneira que ν será sempre positivo, de vez que ε x e ε z<br />

serão sempre de sinal positivo. Teoricamente, a razão de Poisson para materiais isotrópicos<br />

deveríam ser 0,25; além disso, o valor máximo para ν (ou aquele valor para o qual não existe<br />

nenhuma mudança líquida de volume) é 0,50. Para muitos metais e outras ligas, valores de razão de<br />

Poisson variam entre 0,25 e 0,35. Tabela 6.1 mostra valores de ν para vários materiais metálicos<br />

comuns.<br />

Módulos cizalhante e elástico estão relaciona<strong>dos</strong> entre si e à razão de Poisson de acordo com<br />

a equação<br />

E = 2G ( 1 + ν ) (6.8)<br />

Em muitos metais G é cerca de 0,4E; assim, se o valor de um módulo for conhecido, o outro pode<br />

ser aproximado.<br />

Muitos materiais são elasticamente anisotrópicos; isto é, o comportamento elástico (por<br />

exemplo, a magnitude de E) varia com a direção cristalográfica (vide Tabela 3.3). Para estes<br />

materiais as propriedades elásticas são completamente caracterizadas apenas pela especificação de<br />

várias constantes elásticas, seu número dependendo das características da estrutura cristalina.<br />

Mesmo para materiais isotrópicos, para caracterização completa das propriedades elásticas, pelo<br />

menos 2 constantes devem ser fornecidas. De vez que a orientação de grão é aleatória em muitos<br />

materiais policristalinos, estes devem ser considera<strong>dos</strong> isotrópicos; vidros cerâmicos inorgânicos são<br />

também isotrópicos. A remanescente discussão do comportamento mecânico assume isotropia e<br />

policristalinidade porque tal é o caráter de muitos materiais de engenharia.<br />

PROBLEMA EXEMPLO 6.2<br />

Para muitos materiais metálicos, deformação elástica persiste apenas para deformações de cerca de<br />

0,005. À medida em que o material é deformado além deste ponto, a tensão não é mais<br />

proporcional à deformação (lei de Hooke, Equação 6.4, deixa de ser válida) e ocorre deformação<br />

permanente, não-recuperável, ou deformação plástica. A Figura 6.9a grafica esquematicamente o<br />

comportamento tensão de tração-deformação para dentro da região plástica para um metal típico.<br />

A transição a partir de elástico para plástico é uma transição gradual para muitos metais; alguma

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