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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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ocorrerá apenas se uma liga for superresfriada até abaixo da temperatura eutetóide; como indicado<br />

pelas curvas, os tempos necessários para a transformação começar e depois terminar dependem da<br />

temperatura. As curvas de início e término são aproximadamente paralelas e elas se aproximam da<br />

linha eutetóide assintoticamente. À esquerda da curva de início de transformação, apenas austenita<br />

(que é instável) estará presente, enquanto que à direita da curva de término, existirá apenas perlita.<br />

No meio, austenita se encontra em processo de transformação à perlita e, assim, ambos os<br />

microconstituintes estarão presentes.<br />

De acordocom a Equação 10.2, a taxa de transformaçào numa particular temperatura é<br />

inversamente proporcional ao tempo requerido para que a reação ocorra até 50% de toda a<br />

transformação (portanto, até a linha tracejada da Figura 10.5). Isto é, quanto menor for este tempo,<br />

tanto maior a taxa de transformação. Assim, a partir da Figura 10.5, em temperaturas justo abaixo<br />

da temperatura eutetóide (correspondente a justo um ligeiro superresfriamento) muito longos tempos<br />

(da ordem de 10 5 s) são requeri<strong>dos</strong> para 50% de transformação e, portanto, a taxa de reação é<br />

muito lenta. A taxa de transformação aumenta com o decréscimo da temperatura de tal maneira que<br />

a 540 o C (1000 o F) apenas 3 s são requeri<strong>dos</strong> para a reação alcançar 50% da transformação<br />

completa.<br />

Este comportamento taxa-temperaturta é uma aparente contradição da Equação 10.3, que<br />

estipula que a taxa aumenta com a elevação da temperatura. A razão para esta disparidade é que<br />

ao longo desta faixa de temperatura ( isto é, 540 a 727 o C), a taxa de transformação é controlada<br />

pela taxa de nucleação de perlita e a taxa de nucleação decresce com a elevação da temperatura<br />

(isto é, menos superresfriamento). Este comportamento pode ser explicado pela Equação 10.3, na<br />

qual a energia de ativaçào Q é uma função da temperatura e cresce com a elevação da mesma. Nós<br />

vamos encontrar que em temperaturas menores a transformação de decomposição da austenita é<br />

controlada por difusão e que o comportamento da taxa é como previsto pela Equação 10.3, com<br />

uma energia de ativação independente da temperatura.<br />

Várias restrições são impostas ao uso de diagramas tais como os da Figura 10.5.<br />

Primeiro, este gráfico particular é válidoapenas para uma liga ferro-carbono de composição<br />

eutetóide; para outras composições, as curvas terão diferentes configurações. Em adição, este<br />

gráficos são precisos apenas para transformações nas quais a temperatura da liga é mantida<br />

constante ao longo de toda a duração da reação. Condições de temperatura constante são<br />

denominadas isotérmicas; assim, gráficos tais como aqueles da Figura 10.5 são referi<strong>dos</strong> como<br />

diagramas de transformações isotérmicas, ou às vezes como gráficos tempo-temperaturatransformação<br />

( ou T-T-T ).<br />

Uma curva real de tratamento térmico isotérmico (ABCD) é superposto sobre o diagrama<br />

de transformação isotérmica para um liga ferro-carbono na Figura 10.6. Um resfriamento muito<br />

rápido de austenita para uma temperatura é indicado pela linha aproximadamente vertical AB e o<br />

tratamento isotérmico a esta temperatura está representado pelo segmento horizontal BCD.<br />

Naturalmente, o tempo aumenta da esquerda para a direita ao longo desta linha. A transformação da<br />

austenita à perlita começa na interseção, ponto C (após aproximadamente 3,5 s) e se completou ao<br />

redor de 15 s, correspondendo ao ponto D. A Figura 10.6 também mostra microestruturas<br />

esquemáticas em vários tempos durante o progresso da reação.<br />

Figura 10.6 - Diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono eutetóide, com<br />

superposta curva de tratamento térmico isotérmico (ABCD). Microestruturas antes, durante e<br />

depois da transformação austenita-à-perlita são mostradas. (Adaptada a partir de H.Boyer, Editor,

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