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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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Griffith desenvolveu um critério para a propagação de trinca de uma trinca elítica (Figura 8.7a)<br />

realizando um balanço de energia usando estas duas energias.Êle demonstrou que a tensão crítica σ c<br />

requerida para propagação de trinca num material é descrita por<br />

σ c = (2 E γ s / πa ) 1/2 (8.3)<br />

onde<br />

E = módulo de elasticidade<br />

γ s = energia superficial específica<br />

a = metade do comprimento de uma trinca interna<br />

Vale a pena notar que esta expressão não envolve o raio da ponta da trinca ρ t , como faz a equação<br />

de concentração de tensão (Equação 8.1); entretanto, é suposto que o raio é suficientemente<br />

pequeno (da ordem do espaçamento atômico, a que corresponde um acutângulo ou "aresta muito<br />

viva") de maneira a elevar a tensão local na ponta da trinca acima da resistência coesiva do material.<br />

O desenvolvimento prévio se aplica somente a materiais frágeis para os quais não existe<br />

nenhuma deformação plástica. A maioria<strong>dos</strong> metais e muitos polímeros experimentam alguma<br />

deformação plástica durante a fratura; isto conduz a um embotamento (perda de gume cortante ou<br />

cegueira de gume) da ponta da trinca, um decréscimo do raio da ponta da trinca e<br />

subsequentemente um aumento na tensão de fratura. Matematicamente, isto pode ser acomodado<br />

pela substituição de γ s na equação 8.3 por γ s + γ p , onde γ p representa uma energia de<br />

deformação plástica associada com a extensão da trinca. Para materiais altamente dúteis, pode ser o<br />

caso de se ter γ p >> γ s .<br />

Na década de 1950, G.R. Irwin escolheu incorporar tanto γ s quanto γ p num único termo<br />

U , tal que<br />

U = 2 (γ s + γ p ) (8.4)<br />

U é conhecido como a taxa de liberação de energia de deformação , e a extensão da trinca<br />

ocorre quando ela excede um valor crítico, U c .<br />

Análise de Tensão de Trincas<br />

À medida em que continuamos a explorar o desenvolvimento da mecânica da fratura, vale a pena<br />

examinar as distribuições de tensão na vizinhança da ponta de uma trinca que avança.<br />

Existem 3 meios (ou mo<strong>dos</strong>) fundamentais pelos quais uma carga pode operar sobre uma trinca e<br />

cada um afetará um diferente deslocamento da superfície da trinca; estes estão ilustra<strong>dos</strong> na Figura<br />

8.9. Modo I é uma carga de abertura (ou de tração), enquanto que os mo<strong>dos</strong> II e III são mo<strong>dos</strong> de<br />

deslizamento e de rasgamento ("tearing"), respectivamente. Modo I é encontrado mais<br />

frequentemente e somente êle será tratado aqui na discussão que se segue sobre a mecânica de<br />

fratura.

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