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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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8.4 - FRATURA FRÁGIL<br />

Fratura frágil ocorre sem qualquer apreciável deformação e por rápida propagação de trinca.<br />

A direção do movimento de trinca é muito proximamente perpendicular à direção da tensão de<br />

tração aplicada e fornece uma superfície de fratura relativamente plana, como indicado na Figura 8.1<br />

Superfícies de fratura de materiais que falharam numa maneira frágil terão seus próprios<br />

padrões(modelos) distintivos; quaisquer sinais de deformação plástica bruta estarão ausentes. Por<br />

exemplo, em algumas peças de aço, uma série de marcas fratura estriadas em forma de V pode se<br />

formar perto do centro da seção reta da fratura que apontam para trás no sentido do sítio de<br />

inciação da trinca (Figura 8.5a). Outras superfícies de fratura frágil contém linhas ou arestas que se<br />

irradiam a partir da origem da trinca numa forma de leque (Figura 8.5b). Às vezes, ambos estes<br />

padrões(modelos) de marcas serão suficientemente grossos para serem discerni<strong>dos</strong> com olho nú.<br />

Para metais muito duros e finamente granula<strong>dos</strong>, não haverá nenhum discernível padrão(modelo) de<br />

fratura. Fratura frágil em materiais amorfos, tais como vidros cerâmicos, fornecem uma superfície<br />

relativamente brilhante e lisa.<br />

Figura 8.5 (a) Fotografia mostrando marcas estriadas em forma de V características de fratura frágil.<br />

(A partir de R.W. Hertzberg, Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials,<br />

3a. Edição, Copyright 1989 por John Wiley & Sons, New York, Reimpresso por permissão de<br />

John Wiley & Sons, Inc. Fotografia cortesia de Roger Slutter, Lehigh University.) (b) Fotografia de<br />

uma superfície de fratura frágil mostrando estrias radiais em forma de leque. Setas indicando a<br />

origem da trinca. (Reproduzida com permissão de D.J. Wulpi, Understanding How Components<br />

Fail, American society for Metals, Materials Park, OH, 1985.<br />

Para muitos materiais cristalinos, propagação de trinca corresponde à sucessiva e repetida<br />

quebra de ligações atômicas ao longo de planos cristalográficos específicos; um tal processo é<br />

denominado clivagem. Diz-se que este tipo de fratura é transgranular (ou transcristalina),<br />

porque as trincas de fratura passam através <strong>dos</strong> grãos. Macroscopicamente, a superfície de fratura<br />

pode ter uma textura granular ou facetada (Figura 8.3b), como um resultado de mudanças de<br />

orientação <strong>dos</strong> planos de clivagem de grão a grão. Este característica é mais evidente na micrografia<br />

eletrônica de varredura mostrada na Figura 8.6a.<br />

Em algumas ligas, propagação de trinca é ao longo de contornos de grão; esta fratura é<br />

denominada intergranular. A Figura 8.6b é uma microgrfia eletrônica de varredura mostrando uma<br />

fratura intergranular típica na qual a natureza tridimensional <strong>dos</strong> grãos pode ser vista. Este tipo de<br />

fratura normalmente resulta subsequente à ocorrência de processos que enfraquecem ou fragilizam<br />

regiões de contorno de grão.<br />

Figura 8.6 (a) Fractografia eletrônica de varredura de ferro fundido mostrando uma superfície de<br />

fratura transgranular. (A partir de V.J. Colangelo e F.A.Heiser, Analysis of Metallurgical<br />

Failures, 2a. Edição, Copyright 1987 por John Wiley & Sons, New York, Reimpresso por<br />

permissão de John Wiley & Sons, Inc.) (b) Fractografia eletrônica de varredura mostrando uma

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