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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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Além disso, o processo ocorre de uma maneira relativamente lenta à medida em que o comprimento<br />

da trinca é estendido. Às vezes diz-se que uma tal trinca é estável. Isto é, ela resiste a uma<br />

adicional extensão a menos que exista um aumento na tensão aplicada. Em adição, haverá<br />

ordinariamente evidência de apreciável deformação bruta nas superfçies da fratura (por exemplo,<br />

torcimento e rasgamento). Por outro lado, para fratura frágil, trincas podem se espalhar de maneira<br />

extremamente rápida, com muito pouca deformação plática acompanhante. Pode-se dizer que tais<br />

trincas são instáveis e propagação da trinca, uma vez iniciada, continuará espontâneamente sem um<br />

aumento na magnitude da tensão aplicada.<br />

Fratura dútil é quase sempre preferida por 2 razões. Primeiro, fratura frágil ocorre<br />

repentinamente e catastroficamente sem qualquer aviso; esta é uma consequência da espontânea e<br />

rápida propagação da trinca. Por outro lado, para fratura dútil, a presença de deformação plástica<br />

dá aviso de que a fratura é iminente, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas.<br />

Segundo, mais energia de deformação é requerida para induzir fratura dútil porquanto materials<br />

dúteis são geralmente mais tenazes. Sob a ação de uma tensão de tração aplicada, muitas ligas<br />

metálicas são dúteis, enquanto que cerâmicas são notavelmente frágeis e polímeros podem exibir<br />

ambos os tipos de fratura.<br />

8.3 - FRATURA DÚTIL<br />

Superfícies de fratura dútil têm suas próprias características distintivas nos níveis tanto macroscópico<br />

quanto microscópico. A Figura 8.1 mostra representações esquemáticas para 2 caracteísticos perfis<br />

macroscópicos de fratura. A configuração mostrada na Figura 8.1a é encontrada em materiais<br />

extremamente macios, tais como ouro puro e chumbo puro à temperatura ambiente e em outros<br />

metais, polímeros e vidros inorgânicos em temperaturas elevadas. O pescoço destes materiais<br />

altamente dúteis diminui continuamente até chegar a um únco ponto, mostrando virtualmente 100%<br />

de redução de área.<br />

Figura 8.1 - (a) Uma fratura altamente dútil na qual a amostra tem seu pescoço final reduzido a um<br />

ponto. (b) Fratura moderadamente dútil após a formação de algum pescoço. (c) Fratura frágil sem<br />

nenhuma deformação plástica.<br />

O tipo mais comum de perfil de fratura de tração para metais dúteis é aquele representado<br />

na Figura 8.1b, cuja fratura é precedida por somente uma moderada quantidade de<br />

empescoçamento. O processo de fratura normalmente ocorre em vários estágios (Figura 8.2).<br />

Primeiro, após o início do empescoçamento, pequenas cavidades, ou microvazios, se formam no<br />

interior da seção reta, como indicado na Figura 8.2b. Depois, à medida em que a deformação<br />

continua, estes microvazios crescem, encostam-se mutuamente e se coalescem para formar uma<br />

trinca elítica, que tem seu eixo longo perpendicular à direção da tensão. A trinca continua a crescer<br />

numa direção paralela ao eixo maior por este processo de coalescência de microvazios (Figura<br />

8.2c). Finalmente, a fratura resulta pela rápida propagação de uma trinca ao redor do perímetro<br />

externo do pescoço (Figura 8.2d), pela deformação cizalhante num ângulo de cerca de 45 o com o<br />

eixo de tração - este é o ângulo no qual a tensão cizalhante é máxima. Às vezes uma fratura tendo<br />

este característico contorno superficial é denominada uma fratura de taça-e-cone ("cup-and-cone

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