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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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19.7 - MOBILIDADE DO ELÉTRON<br />

Quando um campo elétrico é aplicado, uma força começa a atuar nos elétrons livres;<br />

como uma consequência, to<strong>dos</strong> eles experimentam uma aceleração num sentido oposto àquele do<br />

campo, em virtude da sua carga negativa. De acordo com a mecânica quântica, não existe nenhuma<br />

interação entre um elétron em aceleração e átomos numa rede cristalina perfeita de átomos. Sob tais<br />

circunstâncias to<strong>dos</strong> os elétrons livres deveríam se acelerar durante o tempo em que o campo<br />

elétrico for aplicado, o que daria origem a uma continuamente crescente corrente elétrica com o<br />

tempo. Entretanto, nós sabemos que uma corrente atinge um valor constante no instante em que o<br />

campo é aplicado, indicando que existem o que poderiam ser denominadas "forças de fricção", que<br />

contraria esta aceleração proveniente do campo externo. Estas forças de fricção resultam do<br />

espalhamento <strong>dos</strong> elétrons por imperfeições na rede cristalina, inclusive átomos de impureza,<br />

vacâncias, átomos intersticiais, discordâncias e mesmo vibrações térmicas <strong>dos</strong> próprios átomos.<br />

Cada evento de espalhamento faz com que um elétron perda energia cinética e mude de direção de<br />

movimento, como esquematicamente representado na Figura 19.7. Existe entretanto, algum<br />

movimento líquido de elétron no sentido oposto ao do campo, e este escoamento de carga é a<br />

corrente elétrica.<br />

O fenômeno de espalhamento é manifestado como uma resistência à passagem de uma<br />

corrente elétrica. Vários parâmetros são usa<strong>dos</strong> para descrever a extensão deste espalhamento, os<br />

quais incluem a velocidade à deriva ( drift velocity) e mobilidade <strong>dos</strong> elétrons. A velocidade à<br />

deriva v d representa a velocidade média do elétron no sentido da força imposta pelo campo<br />

aplicado. Ela é diretamente proporcional ao campo elétrico como segue:<br />

v d = µ e õ (19.7)<br />

Figura 19.7 - Representação esquemática mostrando o passo de um elétron que é defletido por<br />

eventos de espalhamento.<br />

A constante de proporcionalidade µ e é denominada mobilidade do elétron, a qual é uma<br />

indicação da frequência <strong>dos</strong> eventos espalhamento; suas unidades são metros quadra<strong>dos</strong> por voltsegundo<br />

(m 2 /V-s).<br />

A condutividade σ de muitos materiais pode ser expressa na forma<br />

σ = n *e* µ e (19.8)<br />

onde n é o número de elétrons livres ou de condução por unidade de volume (por exemplo, metro<br />

cúbico), e *e* é a magnitude absoluta da carga de um elétron ( 1,6 x 10 -19 C). Assim, a<br />

condutividade elétrica é proporcional tanto ao número de elétrons livres quanto à mobilidade do<br />

elétron.<br />

19.8 - RESISTIVIDADE ELÉTRICA DE METAIS

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