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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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16.4 - FENÔMENOS DE FUSÃO E DE TRANSIÇÃO VÍTREA<br />

Uma vez que as propriedades mecânicas de polímeros seja sensíveis às mudanças de<br />

temperatura, as várias seções seguintes são devotadas a discussões de características térmicas e<br />

termomecânicas destes materiais. Nós começamos com um tratamento de fenômenos de fusão e de<br />

transição vítrea.<br />

As temperaturas nas quais fusão e/ou transição vítrea ocrrem para um polímero são<br />

determinadas da mesma maneira que para materiais cerâmicos - a partir de um gráfico de volume<br />

específico versus temperatura. A Figura 16.6 é um tal gráfico, onde curvas A e C, para polímeros<br />

amorfo e cristalino, respectivamente, têm as mesmas configurações que aquelas de suas contrapartes<br />

cerâmicas (Figura 14.3). Para o material cristalino, existe uma mudança descontínua no volume<br />

específico no ponto de fusão T m . A curva para um material totalmente amorfo é contínua mas, no<br />

resfriamento, experimenta um ligeiro decréscimo na inclinação na temperatura de transição vítrea<br />

T g . Abaixo de T g o material é considerado como um sólido amorfo; acima de T g , êle é um sólido<br />

tipo-borracha e então um líquido viscoso.<br />

Figura 16.6 - Volume específico versus temperatura, no resfriamento a partirde um banho líquido,<br />

para polímeros totalmente amorfo (curva A), semicristalino (curva B) e cristalino (curva C).<br />

O comportamento é intermediário entre estes extremos para um polímero semicristalino<br />

(curva B), no sentido de que as temperaturas tanto de fusão quanto de transição vítrea são<br />

observadas; T m e T g são propriedades das respectivas fases cristalina e amorfa. Como uma regra,<br />

T g é normalmente da mesma ordem de 2/3 de T m , para unidades absolutas de temperatura.<br />

Fatores que Influenciam as Temperaturas de Fusão e de Transição Vítrea<br />

A fusão do polímero cristalino corresponde à transformação de um material sólido, tendo<br />

uma estrutura ordenada de cadeias moleculares alinhadas, para um líquido viscoso no qual a<br />

estrutura é altamente randômica. Em baixas temperaturas, os átomos vibram com amplitudes<br />

pequenas e de modo relativamente independentes entre si; consequentemente, grandes números de<br />

ligações secundárias ou não-covalentes se formam entre cadeias adjacentes. Com o aumento da<br />

temperatura, entretanto, as vibrações crescem em magnitude e eventualmente se tornam<br />

coordenadas até o grau em que os movimentos translacionais de cadeia são produzi<strong>dos</strong>, os quais<br />

envolvem muitos átomos de cadeia em temperaturas elevadas. Na temperatura de fusão, estes<br />

movimentos de cadeia se tornam suficientemente enérgicos para cortar grande número de ligações<br />

secundárias e para produzir a estrutura molecular altamente desordenada. A magnitude da<br />

temperaturade fusão de um polímero cristalino ou parcialmente cristalino depende <strong>dos</strong> elementos<br />

estruturais que influenciam a capacidade de cadeias para formar ligações de van der Waals e/ou de<br />

hidrogênio (grau de ramificação, massa molecular, etc..). Por exemplo, a influência de ramificação é<br />

decrescer a eficiência de empacotamento de cadeia e a capacidade de cadeias de se alinharem e se

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