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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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O Fenômeno da Difração<br />

Difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente espaça<strong>dos</strong>, que<br />

(1) são capazes de espalhara onda, e (2) têm espaçamentos que são comparáveis em magnitude ao<br />

comprimento de onda. Além disso, difração é uma conseqüência de correlações fásicas específicas<br />

que são estabelecidas entre 2 ou mais ondas que foram espalhadas pelos obstáculos.<br />

Considere ondas 1 e 2 na Figura 3.17a, que têm o mesmo comprimento de onda (λ) e<br />

estão em fase no ponto O-O'. Suponhamos agora que ambas as ondas são espalhadas numa tal<br />

maneira que elas trafeguem diferentes caminhos. A correlação de fase entre as ondas espalhadas,<br />

que dependerão da diferença no comprimento do passo, é importante. Uma possibilidade resulta<br />

quando esta diferença de comprimento de passo é um número inteiro de comprimentos de onda.<br />

Como notado na Figura 3.17a, estas ondas espalhadas (agora denominadas "1" e "2") ainda estão<br />

em fase. Diz-se que elas reforçam-se mutuamente (ou construtivamente interferirem-se<br />

mutuamente); e quando amplitudes são somadas resulta a onda mostrada no lado direito da figura.<br />

Esta é uma manifestação de difração e nós referimos a um feixe difratado como um composto de<br />

um grande número de ondas espalhadas que mutuamente se reforçam.<br />

Figura 3.17 (a) Demonstração de como 2 ondas (denominadas 1 e 2) que têm o mesmo<br />

comprimento de onda λ e que remanescem em fase após o espalhamento (ondas 1' e 2') se<br />

intereferem de modo mutuamente construtivo. As amplitudes das ondas espalhadas se somam na<br />

onda resultante. (b) Demonstração de como 2 ondas (denominadas 3 e 4) que tem o mesmo<br />

comprimento de onda e que se tornam fora de fase após o evento de espalhamento (ondas 3' e 4')<br />

interferem-se mutuamente de modo destrutivo. As amplitudes das 2 ondas espalhadas se cancelam<br />

mutuamente.<br />

São possíveis outras correlações de fase entre ondas espalhadas que não conduzirão a<br />

este reforço mútuo. O outro extremo é aquele demonstrado na Figura 3.17b, onde a diferença de<br />

comprimento de passo após o espalhamento é algum número inteiro de meio comprimentos de<br />

onda. As ondas espalhadas estão fora de fase - isto é, amplitudes correspondentes se cancelam ou<br />

se anulam entre si, ou se interferem destrutivamente (isto é, a onda resultante tem amplitude zero),<br />

como indicado no lado extremamente direito da figura..Naturalmente, existem correlações de fase<br />

intermediárias entre estas 2 correlações extremas, resultando em reforço parcial apenas.<br />

Figura 3.18 - Difração de raios-X por planos de átomos (A-A' e B-B').<br />

Difração de Raio-X e Lei de Bragg<br />

Raios-X são uma forma de radiação eletromagnética que possui altas energias e pequenos<br />

comprimentos de onda - comprimentos de onda da ordem de grandeza do espaçamento atômicos<br />

para sóli<strong>dos</strong>. Quando um feixe de raios-X impingem num material sólido, uma porção deste feixe<br />

será espalhado em todas as direções pelos elétrons associa<strong>dos</strong> com cada átomo ou íon que fica no<br />

caminho do feixe. Examinemos agora as condições necessárias para a difração de raios-X por um<br />

arranjo periódico de átomos.<br />

Considere-se os 2 planos paralelos de átomos A-A' e B-B' na Figura 3.18, que possuem

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