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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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Engenheiros metalúrgico e de materiais são às vezes solicita<strong>dos</strong> a projetar ligas tendo altas<br />

resistências juntamente com alguma dutilidade e tenacidade; ordinariamente, dutilidade é sacrificada<br />

quando uma liga é fortalecida.Várias técnicas de endurecimento são disponíveis a um engenheiro e,<br />

frequentemente, a seleção de liga depende da capacidade do material de ser desenvolvidocom as<br />

características mecânicas requeridas para uma particular aplicação.<br />

Importante para entender os mecanismos de fortalecimento é a relação entre o movimento<br />

de discordância e o comportamento mecânico de metais. Uma vez que deformação plástica<br />

macroscópica corresponde ao movimento de grandes números de discordâncias, a capacidade de<br />

um material de se deformar plasticamente depende da capacidade das discordâncias se<br />

moverem. Uma vez que dureza e resistência mecânica ( tanto o limite convencional de elasticidade<br />

quanto o limite de resistência à tração) está relacionada à facilidade com a qual a deformação<br />

plástica pode ocorrer, por redução da mobilidade de discordâncias, a resistência mecânica pode ser<br />

melhorada; isto é, maiores forças mecânicas serão requeridas para iniciar a deformação plástica.<br />

Em contraste, quanto mais descontrangido o movimento das discordâncias, tanto maior a facilidade<br />

com a qual um metal pode se deformar e mais macio e mais fraco ele se torna. virtualmente todas as<br />

técnicas de fortalecimento repousam sobre este princípio simples: restrição ou endurecimento do<br />

movimento de discordância torna a um material mais duro e mais forte.<br />

A presente discussão é confinada aos mecanismos de fortalecimento para metais<br />

monofásicos, por redução de tamanho de grão, formação de liga por solução sólida e<br />

endurecimento por deformação. Deformação e fortalecimento de ligas multifásicas são mais<br />

complicadas, envolvendo conceitos a serem discuti<strong>dos</strong>.<br />

7.8 - FOTALECIMENTO POR REDUÇÃO DE TAMANHO DE GRÃO<br />

O tamanho <strong>dos</strong> grãos, ou diâmetro médio de grão, num metal policristalino influencia as<br />

propriedades mecânicas. Grãos adjacentes normalmente têm diferentes orientações cristalográficas<br />

e, naturalmente, um contorno de grão comum, como indicado na Figura 7.14. Durante a deformação<br />

plástica, movimento de escorregamento ou discordância deve ocorrer através deste contorno<br />

comum, digamos a partir do grão A para o grão B na Figura 7.14. O contorno de grão age como<br />

uma barreira ao movimento da discordância por 2 razões:<br />

(1) De vez que 2 grãos são de diferentes orientações, uma discordância passando através<br />

do grão B terá que mudar sua direção de movimento; isto se torna mais difícil quando<br />

a desorientação cristalográfica aumenta.<br />

(2) A desordem atômica dentro de uma região de contorno de grão resulta numa<br />

descontinuidade de planos de escorregamento a partir de um grão para o outro.<br />

Figura 7.14 - O movimento de uma discordância quando ela encontra um contorno de grão,<br />

ilustrando como o contorno age como uma barreira ao escorregamento continuado. Planos de<br />

escorregamento são descontínuos e mudam de direção através do contorno. (Adaptado a partir de<br />

L.H. Van Vlack, A Textbook of Materials Technology, Copyright 1973 por Addison-Wesley<br />

Publishing Co., Reimpresso por permissão de Addison-Wesley Publishing Co., Inc. Reading,MA).

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