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Callister_-_Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_ ... - Ufrgs

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Figura 10.18 - Curvas de resfriamento moderamente rápida e lenta superpostas num diagrama de<br />

transformação sob resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono eutética.<br />

Normalmente, bainita não se formará quando uma liga de composição eutetóide ou, para<br />

aquele assunto, qualquer aço carbono comum é continuamente resfriado até à temperatura ambiente.<br />

Isto é porque toda a austenita ter-se-á transformada à perlita quando a transformação à bainita<br />

tiver se tornada possível. Assim a região representativa da transformação austenita-perlita termina<br />

justo abaixo do nariz (Figura 10.18) como indicado pela curva AB. Para qualquer curva de<br />

resfriamento que passa através AB na Figura 10.18, a transformação cessa no ponto de interseção;<br />

com continuado resfriamento, a austenita não reagida começa a se transformar à martensita ao<br />

cruzar a linha M(start, ou início).<br />

Com relação à representação da transformação martensítica, aslinhas M(start, ou início),<br />

M(50%) e M(90%) ocorrem em idênticas temperaturas para ambos os diagramas de transformação<br />

isotérmica e de transformação sob resfriamento contínuo. Isto pode ser verificado para uma liga<br />

ferro-carbono de composição eutetóide por comparação das Figuras 10.14 e 10.17.<br />

Para resfriamento contínuo de um aço, existe uma taxa de resfriamento rápido crítico, que<br />

representa a mínima taxa de têmpera que produzirá uma estrutura totalmente martensítica. A taxa de<br />

resfriamento crítica, quando incluída no diagrama de transformação contínua justamente não estará<br />

no nariz onde a transformação perlítica começa,como ilustrado na Figura 10.19. Como a Figura<br />

mostra também, apenas martensita existirá para taxas de têmpera maior do que a crítica ; em adição,<br />

existirá uma faixa de taxas ao longo da qual tanto a perlita quanto a martensita são produzidas.<br />

Finalmente, uma estrutura totalmente perlítica se desenvolve para menores taxas de resfriamento.<br />

Figura 10.19 - Diagrama de transformação sob resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono<br />

eutetóide e superpostas curvas de resfriamento, demonstrando a dependência da microestrutura final<br />

em relação às transformaçòes que ocorrem durante o resfriamento.<br />

Carbono e outros elementos também deslocam os narizes da perlita (bem como da fase<br />

proeutetóide) e da bainita para tempos maiores, assim decrescendo a taxa crítica de resfriamento.<br />

De fato, uma das razões para a adição de elementos de liga em aços é facilitar a formação da<br />

martensita de maneira que estruturas totalmente martensíticas podem se desenvolver em seções<br />

relativamente espessas. A Figura 10.20 mostra o diagrama de transformação sob resfriamento<br />

contínuo para o mesmo aço cujo diagrama de transformação isotérmica está apresentado na Figura<br />

10.15. A presença do nariz da bainita explica a possibilidade de formaçãop de bainita para um<br />

tratamento térmico sob resfriamento contínuo. Várias curvas de resfriamento superpostas na Figura<br />

10.20 indicam a taxa crítica de resfriamento e também como o comportamento de transformação e<br />

a microestrutura final são influencia<strong>dos</strong> pela taxa de resfriamento.<br />

Figura 10.20 - Diagrama de transformação sob resfriamento contínuo para um aço-liga (tipo 4340)<br />

e várias curvas de resfriamento superpostas demonstrando a dependência da microestrutura final

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