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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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Esta re<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser organizada em qualquer situação na qual se i<strong>de</strong>ntifique umcerto jogo entre forças institucionais bem territorializadas que realizam e cristalizaminteresses <strong>de</strong> distintos tipos e que se organizam com linhas <strong>de</strong> forças que disputam asvárias lógicas que a instituição esta expressan<strong>do</strong>, explícita ou implicitamente. De ummo<strong>do</strong> genérico uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> petição e compromisso para a análise <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho e <strong>do</strong> equipamento institucional <strong>de</strong>ve or<strong>de</strong>nar, para interrogar,uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> expectativas entre as unida<strong>de</strong>s produtoras que atuam no interior <strong>de</strong> umequipamento institucional governan<strong>do</strong> recursos e fins.Estes processos expõem privilegiadamente a dinâmica <strong>de</strong> presta<strong>do</strong>r consumi<strong>do</strong>rintra-equipamento, porém po<strong>de</strong>mos também com o mesmo abrir o jogo <strong>de</strong> expectativasenvolvi<strong>do</strong> na relação entre o serviço e o usuário final das práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, procuran<strong>do</strong>problematizar as próprias disputas entre o que são necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong>mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção e <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> usuário, abrin<strong>do</strong> uma reflexão sobrerepresentações sociais <strong>do</strong> sofrimento como <strong>do</strong>ença e <strong>do</strong>s agravos como problemas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e o seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> incorporação pelos serviços. Para em última instância perguntar:é <strong>de</strong>ste jeito que vale a pena trabalhar? é isto mesmo que queremos produzir comoresulta<strong>do</strong>s?Neste senti<strong>do</strong>, e para terem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viabilizar as respostas às questõesacima, o conjunto das ferramentas analisa<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>vem ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrumentalizaro conjunto <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, como gestores efetivos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho,em pelo menos três campos <strong>de</strong> interrogações sobre os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção e osprocessos gerenciais, e que são:a. <strong>de</strong>vem ter a capacida<strong>de</strong> e sensibilida<strong>de</strong>, como qualquer instrumento, para abrira caixa preta sobre “o como” se trabalha, e neste senti<strong>do</strong> revelar qualitativamenteo mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> operar cotidianamente a construção <strong>de</strong> um certo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>atenção em serviços concretos;b. <strong>de</strong>vem ter a capacida<strong>de</strong> e sensibilida<strong>de</strong> para revelar “o quê” este mo<strong>do</strong> <strong>de</strong>trabalhar está produzin<strong>do</strong>, e assim mostrar em que tipo <strong>de</strong> produtos eresulta<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>semboca com este mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> operar o cotidiano <strong>do</strong> trabalho emum da<strong>do</strong> serviço;c. <strong>de</strong>vem também, pelo menos, ter a capacida<strong>de</strong> e sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitir ainterrogação sobre o “para quê” se está trabalhan<strong>do</strong>, tentan<strong>do</strong> revelar osinteresses efetivos que se impõem sobre a organização e realização cotidiana<strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção nos diferentes serviços; este momento é privilegiadamenteuma interrogação sobre os princípios ético-políticos quecomandam a existência <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.CONCLUSÃOCom toda esta análise e exemplificações estamos queren<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrar que asdistintas experiências, que buscam a mudança efetiva <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong>,têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporar novas questões ao nível <strong>do</strong>s processos micropolíticos <strong>do</strong>trabalho em saú<strong>de</strong>.Destacamos que as relações macro e micropolíticas na saú<strong>de</strong> encontram-se nosespaços <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho e das organizações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e que as confi-140 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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