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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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entida<strong>de</strong>s tradicionais da área, como ABRASCO, <strong>CEBES</strong> e, <strong>de</strong> forma abso<strong>luta</strong>mentesignificativa pelo seu reconhecimento social, o Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina e aFe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>do</strong>s Médicos; ao la<strong>do</strong>, e integra<strong>do</strong>s com CUT, CGT E CONAM,além <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res, sindicais, profissionais e éticas <strong>de</strong> nívellocal e regional.Retoman<strong>do</strong>-se a questão da dificulda<strong>de</strong> em se colher as assinaturas para a emendapopular da saú<strong>de</strong> (esta teve menos <strong>de</strong> sessenta mil assinaturas, enquanto a da ReformaAgrária obteve mais <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> assinaturas e a <strong>do</strong> Ensino Público mais <strong>de</strong> ummilhão), parece estar aí mais uma evidência <strong>do</strong> raciocíno sobre a relativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> “avanço”da “saú<strong>de</strong>”por referência a to<strong>do</strong> o movimento social. Isto é, enquanto o “movimento”elitiza<strong>do</strong> profissional encaminha propostas técnica e politicamente corretas e progressistas,os que são seus sujeitos principais, os usuários estão premi<strong>do</strong>s pelas questõesque, longe <strong>de</strong> serem contraditórias ou distanciadas, são as próprias intermediações dasaú<strong>de</strong>.Isso não implica em negar ou questionar o “movimento”, mas apenas lhe questionara auto-suficiência <strong>de</strong> que, em muitos momentos se revestiu.Significa que, certas as teses, sua conquista só se dará pela sua a<strong>de</strong>quada compreensãosocial, o que, por sua vez só po<strong>de</strong> ser consegui<strong>do</strong> mediante um efetivo compromissocom as <strong>luta</strong>s <strong>de</strong> base, <strong>de</strong> subsistência, <strong>de</strong> forma que a saú<strong>de</strong> se transforme <strong>de</strong>meio em fim. E a idéia <strong>de</strong> “plenária” parece ser um caminho para a ampliação da <strong>luta</strong>pela saú<strong>de</strong> para além das suas bases tradicionais 12 .A outra emenda “popular”apresentada tinha outra organicida<strong>de</strong>: foi apresentadaconjuntamente pela Fe<strong>de</strong>ração Brasileira <strong>de</strong> Hospitais, pela Associação Brasileira <strong>de</strong>Medicina <strong>de</strong> Grupo, plea Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>do</strong>s Estabelecimentos <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Hospitais e por um <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>sContemporâneos da Comunida<strong>de</strong>, e teve cerca <strong>de</strong> setenta mil assinaturas.Não ten<strong>do</strong> se toma<strong>do</strong> conhecimento <strong>de</strong> qualquer movimentação <strong>de</strong> rua para acolheira <strong>de</strong>ssas assinaturas é <strong>de</strong> se supor que os signatários <strong>de</strong>veriam ser, e há indíciosdisso, funcionários da área hospitalar privada.Essa emenda propunha:“Inclua-se on<strong>de</strong> couber:O Sistema Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve respeitar aos princípios:a. universalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> atendimento;b. pluralismo <strong>de</strong> sistemas médico-assistenciais;c. livre exercício profissional;d. livre opção <strong>do</strong> indivíduo entre diversos sistemas”.Nessa mesma etapa da apresentação e <strong>de</strong>fesa das “emendas populares” começavama surgir algumas emendas globais ou substitutivos, apresenta<strong>do</strong>s por gruposparlamentares interpartidários, como o chama<strong>do</strong> “grupo <strong>do</strong>s 32”comanda<strong>do</strong> pelo Sena<strong>do</strong>José Richa, entre outros.No entanto, paralelamente e longe <strong>do</strong>s olhos <strong>do</strong>s passantes <strong>do</strong> Congresso nacional,o relator recebia, um a um, os Ministros <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, expon<strong>do</strong> os interesses <strong>de</strong> suas respectivaspastas e, no conjunto, <strong>do</strong> Governo. Contraditórios com o próprio governo querepresentavam, os Ministros da Saú<strong>de</strong> e da Previdência também ali estiveram. Segun<strong>do</strong>SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>79

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