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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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apresentava TMI <strong>de</strong> 153, a região Sul 127 e a região Nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> 168. Portanto, a regiãoNor<strong>de</strong>ste apresentava taxas 10% superiores à região Su<strong>de</strong>ste e 32% superiores à RegiãoSul. Para o ano <strong>de</strong> 93, o Nor<strong>de</strong>ste apresentava TMI 98% maior <strong>do</strong> que a registrada naregião Su<strong>de</strong>ste e 163% maior <strong>do</strong> que a da Região Sul.As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre as regiões po<strong>de</strong>m ser também visualizadas nos indica<strong>do</strong>resrelaciona<strong>do</strong>s à composição da mortalida<strong>de</strong>, para os grupos <strong>de</strong> causa analisa<strong>do</strong>s nopresente estu<strong>do</strong>. Enquanto que para as regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste, as DIPs já representavama quinta causa <strong>de</strong> óbito em 1980, na região Nor<strong>de</strong>ste este grupo representava a segundacausa <strong>de</strong> óbito neste ano e a quarta causa em 1993 (excluin<strong>do</strong>-se os sinais e sintomasmal <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s). As <strong>do</strong>enças cardio-vasculares, por sua vez, representavam a primeiracausa <strong>de</strong> óbito para todas as regiões, já em 1980. Entretanto, em 1993 este grupo eraresponsável por 34,7% e 36.5% <strong>do</strong>s óbitos nas regiões Su<strong>de</strong>ste e Sul, respectivamente,enquanto que na região Nor<strong>de</strong>ste representava 31.1% <strong>do</strong>s óbitos, com causa <strong>de</strong>finida.As diferenças interregionais são também evi<strong>de</strong>nciadas nos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>morbida<strong>de</strong>. Assim, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a participação <strong>de</strong>stes grupos <strong>de</strong> causa na composiçãoda morbida<strong>de</strong> hospitalar (excluin<strong>do</strong> portanto, motivos relaciona<strong>do</strong>s à assistência aoparto) verifica-se que as <strong>do</strong>enças cardio-vasculares representam a segunda causa <strong>de</strong>internações nas regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1984 a 1995, em seguida às<strong>do</strong>enças respiratórias. Nestas duas regiões, no ano <strong>de</strong> 1995, as DIPs representaram aterceira causa <strong>de</strong> internações. Na região Nor<strong>de</strong>ste, as DIPs foram a segunda causa <strong>de</strong>internações, enquanto que as <strong>do</strong>enças cardio-vasculares representaram a terceira causaem to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>.Outros indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> base não hospitalar, também revelam as<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s interregionais, como as maiores taxas <strong>de</strong> incidência e/ou prevalênciapara a cólera, <strong>de</strong>ngue, esquistossomose, <strong>do</strong>ença <strong>de</strong> Chagas, leishmanioses, para as regiõesNorte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste. Diferenças importantes são ainda observadas no esta<strong>do</strong>nutricional das populações. Resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s inquéritos realiza<strong>do</strong>s no paísem 1975 e 1989, permitem verificar que, para o país como um to<strong>do</strong> neste perío<strong>do</strong>, houveuma redução <strong>de</strong> 61% da <strong>de</strong>snutrição infantil (medida através <strong>do</strong> <strong>de</strong>ficit no índice altura/ida<strong>de</strong>). No entanto, a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s para as regiões permite constatar que a maiorredução ocorreu nas regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste, as quais já apresentavam um menor índice<strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição no início <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>. Em 1975 a prevalência <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutriçãoinfantil no Nor<strong>de</strong>ste era 2,3 vezes maior que no Su<strong>de</strong>ste, enquanto que em 1989 já era5,1 vezes maior. As diferenças entre classes sociais também aumentaram, pois os 25%mais pobres, em 1979, tinham uma prevalência 5,0 vezes maior <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição,compara<strong>do</strong>s aos 25% mais ricos; já em 1989 esta diferença era <strong>de</strong> 9,7 vezes, ainda que a<strong>de</strong>snutrição tenha <strong>de</strong>cresci<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s as classes sociais (Monteiro et al, 1995).Também em relação à qualida<strong>de</strong> das informações é possível visualizar diferençasinterregionais. Observa-se que a região Nor<strong>de</strong>ste vem apresentan<strong>do</strong> proporções <strong>de</strong> óbitospor sinais e sintomas mal <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s acima <strong>de</strong> 40%, em toda a série <strong>de</strong> 1981 a 1993,enquanto que as regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste apresentam proporções abaixo <strong>de</strong> 20% <strong>do</strong>s óbitos.Outro indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> revela que as regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste apresentavambaixas taxas <strong>de</strong> cobertura com relação à municípios que produzem informações regularespara mortalida<strong>de</strong>, enquanto que as regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste vêm apresentan<strong>do</strong> proporçõespróximas <strong>de</strong> 100% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1979.52 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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