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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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Um terceiro conjunto <strong>de</strong> variáveis são <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s por Mintzberg <strong>de</strong> parâmetrosbásicos, que compreen<strong>de</strong>m: o grau <strong>de</strong> especialização das funções, <strong>de</strong> formalização <strong>do</strong>scomportamentos, o tipo <strong>de</strong> treinamento necessário, <strong>de</strong> agrupamento das unida<strong>de</strong>s (tipo<strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentalização), <strong>do</strong>s mecanismos <strong>de</strong> ligação entre as unida<strong>de</strong>s, <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>planejamento e <strong>de</strong> controle e finalmente, <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> centralização das <strong>de</strong>cisões 18 .Por último, enquanto variáveis a se combinar para a conformação das configurações,há os fatores contingentes ou situacionais, on<strong>de</strong> se enquadram a ida<strong>de</strong> daorganização, seu tamanho, o sistema técnico <strong>de</strong> produção, a complexida<strong>de</strong> tecnológica(essencialmente equipamentos), o nível <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente e a organização <strong>do</strong>po<strong>de</strong>r (nível <strong>de</strong> autonomia em relação a controle externo) 19 .São sete as configurações concebidas por Mintzberg, que expressam sete combinaçõestípicas entre o conjunto <strong>de</strong> variáveis apresentadas. Neste caso, importa a configuraçãoprofissional que em função <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> será especialmente <strong>de</strong>senvolvida. Noentanto, está ressalva<strong>do</strong> a própria compreensão <strong>do</strong> autor, <strong>de</strong> que numa mesma organização,convivem todas as configurações, sen<strong>do</strong> uma <strong>de</strong>las a que mais se sobressai 20 .O conceito <strong>de</strong> organizações profissionais, é assumida neste trabalho, como categoria<strong>de</strong> referência para a caracterização <strong>do</strong>s hospitais. Nas organizações profissionais, avariável mais expressiva está no fato <strong>de</strong> que o trabalho finalístico, próprio <strong>de</strong> seu centrooperacional, exige qualificações <strong>de</strong> nível eleva<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> dificilmente passíveis <strong>de</strong>formalização e normatização. O centro operacional ten<strong>de</strong> a ser a parte mais <strong>de</strong>senvolvidae forte da organização. O mecanismo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> trabalho que prevalece estábasea<strong>do</strong> na padronização das qualificações. Esse saber e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidassão alcançadas em to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> formação profissional, exterior e quase sempreantece<strong>de</strong>nte à condição <strong>de</strong> vínculo numa dada organização 21 .Essa condição, on<strong>de</strong> o profissional é porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s construídasin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da organização e que também são legitimadas por fora, ao nível <strong>de</strong>órgãos classistas e científicos <strong>de</strong> base corporativa, tem por consequência uma fracavinculação entre profissional e organização, on<strong>de</strong> o primeiro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da segunda apenaspara prover os meios necessários à sua prática, sen<strong>do</strong> esta bastante <strong>de</strong>terminada por simesmo. Significa dizer que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre o seu trabalho é bastante pessoal e,on<strong>de</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle da organização sobre este trabalho fica portanto, limitada.Mintzberg (1989) assinala que esses profissionais ten<strong>de</strong>m a possuir maior compromissocom sua tarefa e com sua profissão (expressos por seus órgãos <strong>de</strong> classe), versus ocompromisso com o to<strong>do</strong> organizacional.12. Dussault, Gilles. A Gestão <strong>do</strong>s Serviços Públicos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: características e exigências, Rev.Adm.Publ.,RJ, n.2, vol.26, FGV, 1992. pp.9-1013. Esse autor concebe oito metáforas, cada uma <strong>de</strong>las traduzin<strong>do</strong> uma ênfase a ser valorizada na forma <strong>de</strong>compreen<strong>de</strong>r as organizações e assim, caracterizá-las e diferenciá-las; são elas: a máquina, o organismo,o cérebro, a cultura, o sistema político, o presídio psíquico, fluxos e transformações e um instrumento<strong>de</strong> <strong>do</strong>minação; MORGAN, Gareth. Images of Organizations, USA, 3a ed, Sage Publications, Inc.,1991.14. Dussault, Gilles.op.cit. p.1015. I<strong>de</strong>m.Ibi<strong>de</strong>m. p.1016. MINTZBERG, Henry. Mintzberg on Management: insi<strong>de</strong> our strange world of organizations. The FreePrees, New York, 1989. pp.98-100.17. MINTZBERG, Henry. op.cit. p.101.18. I<strong>de</strong>m.Ibi<strong>de</strong>m. p.103-105.150 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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