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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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to<strong>do</strong>s os espaços <strong>do</strong> território nacional, com um percentual importante <strong>de</strong> municípiossem unida<strong>de</strong>s hospitalares.Alguns contrastes emergem na compatibilização das informações nas categorias<strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> ou mortalida<strong>de</strong>, chaman<strong>do</strong> à atenção as diferentes or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> frequênciana participação <strong>do</strong>s diversos grupos <strong>de</strong> causas. Tal quadro justifica-se pelo fato <strong>de</strong>que a ocorrência <strong>do</strong> óbito é uma expressão bem <strong>de</strong>finida da gravida<strong>de</strong> da <strong>do</strong>ença,enquanto que a hospitalização não segue necessariamente esta or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação.Como exemplo, tem-se a gran<strong>de</strong> proporção <strong>de</strong> internações pelo grupo <strong>de</strong> causasrelacionadas à gravi<strong>de</strong>z, parto e puerpério, que não configuram no seu conjunto umasituação <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Porém, aqui <strong>de</strong>vemos chamar a atenção para a questão damortalida<strong>de</strong> materna, a qual apesar <strong>de</strong> sua aparente baixa magnitu<strong>de</strong>, apresenta, noBrasil, taxas consi<strong>de</strong>radas altas quan<strong>do</strong> comparadas a outros países, refletin<strong>do</strong> as<strong>de</strong>ficiências na assistência pré e pós-natal (Laurenti, 1995). Por outro la<strong>do</strong>, algunsagravos po<strong>de</strong>m evoluir para quadros severos, porém com baixa letalida<strong>de</strong> ou quesejam potencialmente reversíveis, mediante ações por parte <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> assistênciaà saú<strong>de</strong>, fenômeno que <strong>de</strong>ve acontecer com relação às <strong>do</strong>enças respiratórias, explican<strong>do</strong>as diferenças na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> frequência entre os seus indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mortalida<strong>de</strong>.DESIGUALDADES NA SITUAÇÃO DE SAÚDEO indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong> da população brasileira apresenta<strong>do</strong>s acimapermitem uma comparação com outros países <strong>do</strong> terceiro mun<strong>do</strong>. Tem si<strong>do</strong> fartamente<strong>do</strong>cumentada a situação para<strong>do</strong>xal <strong>do</strong> Brasil <strong>de</strong> apresentar indica<strong>do</strong>res econômicos emníveis incompatíveis aos <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res sociais, incluin<strong>do</strong>-se os <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como porexemplo, taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil e expectativa <strong>de</strong> vida ao nascer (Fleury, 1995;Ometto, 1995). Ainda que observe-se uma tendência <strong>de</strong> melhoria para alguns indica<strong>do</strong>res<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil, a reduzida velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta tendência, proporciona a persistência,ou mesmo ampliação das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com outros países. Assim,a Argentina apresentou em 1991 uma expectativa <strong>de</strong> vida ao nascer 5 anos maior que oBrasil, o Uruquai 7 anos e o México 4 anos, apesar <strong>de</strong> suas conhecidas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>sregionais, caben<strong>do</strong> ressaltar que os quatro países têm níveis <strong>de</strong> renda per-capita similares.No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1970 a 1991 houve redução das taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil (TMI) naArgentina, no Uruguai, no México, no Brasil, bem como na gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s países<strong>do</strong> globo. Entretanto, houve, naquele perío<strong>do</strong>, um aumento da razão entre as taxas <strong>do</strong>Brasil com relação as taxas <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s 3 outros países cita<strong>do</strong>s. Assim, para 1970, ataxa média <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil no Brasil era 1,32, 1,83 e 2,07 vezes maior que a <strong>do</strong>México, Argentina e Uruguai, respectivamente. Em 1991, estas razões passam a ser,respectivamente, <strong>de</strong> 1,61, 2,32 e 2,76, representan<strong>do</strong> um incremento médio <strong>de</strong> aproximadamente30% no perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong>. Em outras palavras, nas duas últimas décadas,apesar da queda observada nas taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil no Brasil, nos distanciamos,em termos relativos, <strong>de</strong> outros países latino-americanos (World Bank, 1993).Outra or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, não menos importante, diz respeito às diferençasobservadas nos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> entre as regiões <strong>do</strong> Brasil. Apesar da intensa quedaverificada nas TMI para o país como um to<strong>do</strong>, verifica-se que isto ocorreu com diferentesintensida<strong>de</strong>s nas suas várias regiões. Assim, na década <strong>de</strong> 30, a região Su<strong>de</strong>steSAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>51

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