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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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Muitas <strong>de</strong>ssas relações são <strong>de</strong> compromisso, on<strong>de</strong> o Esta<strong>do</strong> reforça seu papel regula<strong>do</strong>re mesmo <strong>de</strong> prove<strong>do</strong>r e redistribui<strong>do</strong>r <strong>de</strong> recursos em função <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s sociais.Quase sempre, nas áreas sociais, são os municípios (alguns poucos) que tem apresenta<strong>do</strong>inovações. Há exemplos limites, em que a gestão municipal conseguiu acabar com osfuncionários públicos, com a exceção <strong>do</strong> prefeito, seu vice e os nove verea<strong>do</strong>res,simplesmente, contratan<strong>do</strong> uma cooperativa para cumprir suas funções 45 . Sem entrarno mérito <strong>de</strong>ssas iniciativas, percebe-se apenas que na ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições extensivaspara a Reforma <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, o processo existe <strong>de</strong> fato.No caso da saú<strong>de</strong>, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação com a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestãomunicipal semi-plena e plena 46 , são bastante extensas, chegan<strong>do</strong> mesmo a ser possível asuperação da atual modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> serviços com base na AIH e na UCA.Ainda que não tal prática não tenha si<strong>do</strong> experimentada, está aberto o caminho paracriativida<strong>de</strong>s. Diferentemente <strong>de</strong> outros setores, a Reforma <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> por <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>setor saú<strong>de</strong>, encontra balizamentos muito claros, já expressos legalmente. Sem dúvida,as regras <strong>de</strong> financiamento estão ausentes, sem que no entanto, impeçam em <strong>de</strong>finitivoavançar-se, como po<strong>de</strong>m comprovar diversas experiências existentes no país.CONSIDERAÇÕES FINAISO chama<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> exige a superação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> monta. Primeiramente, há que se ter claro o que <strong>de</strong>ve estar ao nível <strong>do</strong> próprioEsta<strong>do</strong> e submeti<strong>do</strong> à sua maior regulação e controle. De outro, i<strong>de</strong>ntificar, aperfeiçoare introduzir mecanismos <strong>de</strong> operação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> mais eficientes e eficazes. É o campoda gestão propriamente dita, combina<strong>do</strong> com a formulação e implementação <strong>de</strong> políticaspúblicas.Quanto à atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no setor saú<strong>de</strong>, assume-se sua pertinência e obrigatorieda<strong>de</strong>,ainda que seja polêmica a extensão da sua intervenção. Para to<strong>do</strong>s os efeitos,enten<strong>de</strong>-se que é imperiosa a atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> nas áreas sociais, tanto como presta<strong>do</strong>r,sem a pretensão <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong>, mas fundamentalmente como regula<strong>do</strong>r, aqui sim,com a obrigação <strong>de</strong> atuação sobre todas as práticas. A maior ou menor intervenção, aser expressa pelo oferecimento direto <strong>de</strong> serviços ou através <strong>de</strong> terceiros, é uma questão<strong>de</strong> compromissos políticos <strong>do</strong>s governos e naturalmente, <strong>de</strong> competência para fazê-lo<strong>de</strong> forma eficiente e eficaz.42. MENDES, Eugênio V. op.cit. p.111.43. PEREIRA, L.C. Bresser. A Reforma <strong>do</strong> aparelho <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e a Constituição Brasileira. Conferência emseminários realiza<strong>do</strong>s com parti<strong>do</strong>s políticos. Brasília, jan. 1995. revisa<strong>do</strong> em abril. mimeo.44. O atual Ministro Bresser Pereira Ministério da Administração Fe<strong>de</strong>ral e da Reforma <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>a organização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em quatro níveis a saber: o núcleo burocrático, tipicamente estatal (ativida<strong>de</strong>stípicas e exclusivas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>); o núcleo monopolista <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (ativida<strong>de</strong>s não exclusivas, mas<strong>do</strong>minadas pela atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>); a esfera pública competitiva (ativida<strong>de</strong>s não exclusivas, on<strong>de</strong> oEsta<strong>do</strong> po<strong>de</strong>/<strong>de</strong>ve competir com a iniciativa privada e; a esfera não pública (reservada às funçõestípicas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ou não ter atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>); exceto no núcleo burocrático, os <strong>de</strong>mais<strong>de</strong>vem ser geri<strong>do</strong>s mediante contratos <strong>de</strong> gestão entre cada organização e a esfera que a subordina nonúcleo burocrático <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>; essas consi<strong>de</strong>rações foram colhidas em conferência realizada pelo MinistroBresser em julho <strong>de</strong> 1995 no Hotel Glória, RJ.SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>157

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