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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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em discussão pela Constituinte. Ela acabou por consistir numa das três oportunida<strong>de</strong>sque a socieda<strong>de</strong> teve <strong>de</strong> se manifestar direta e oficialmente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> processo constituinte.A primeira foi por ocasião das audiências públicas e a terceira seria na <strong>de</strong>fesa da“emenda popular”. Ao passo que nesses <strong>do</strong>is momentos pu<strong>de</strong>ram se manifestar todasas correntes, neste caso, a posição ouvida foi a <strong>do</strong> movimento da Reforma Sanitária porser consi<strong>de</strong>rada a mais expressiva <strong>do</strong> “espírito “<strong>do</strong> ante-projeto.A Comissão da Or<strong>de</strong>m Social esteve presidida pelo Deputa<strong>do</strong> Edme Tavares, <strong>do</strong>PFL <strong>de</strong> Minas Gerais. O relator foi o Sena<strong>do</strong>r Almir Gabriel, <strong>do</strong> PMDB <strong>do</strong> Pará, médico,cirurgião toráxico, ex-secretário Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ex-prefeito <strong>de</strong> Belém e ex-diretorda Divisão Nacional <strong>de</strong> Tuberculose <strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong>; bastante liga<strong>do</strong> aomovimento sanitarista, era <strong>do</strong>s poucos constituintes que tinham a questão saú<strong>de</strong> comoum <strong>do</strong>s principais itens da sua plataforma política. A sua escolha como relator não foialeatória, mas fez parte da estratégia geral <strong>do</strong> PMDB <strong>de</strong> ter a seu cargo as principaisrelatorias, além <strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> discutida com representantes <strong>do</strong> “movimento” (assim comoa escolha <strong>do</strong> relator da Sub-Comissão <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>).Essa dinâmica fez com que a preparação <strong>do</strong> ante-projeto pelo relator, a partir <strong>do</strong>sapresenta<strong>do</strong>s pelas Sub-comissões, consistisse na etapa mais importante da Comissão.Foi nesse momento que começaram a ocorrer algumas situações novas.Ocorre que, no início, ao invés <strong>de</strong> buscar o respal<strong>do</strong> político <strong>do</strong> “movimento” aoqual pretendia ser orgânico, o relator valeu-se <strong>de</strong> uma estratégia mais “técnica”, utilizan<strong>do</strong>mais os assessores “da casa” <strong>do</strong> que os externos, informais, como havia aconteci<strong>do</strong>na Sub-Comissão.Embora tenha si<strong>do</strong> difícil se chegar à seqüência real <strong>do</strong>s fatos, a verda<strong>de</strong> é que,além <strong>do</strong>s “assessores da casa”, a presença que se fez sentir <strong>de</strong> forma intensa durante ostrabalhos foi a <strong>do</strong> Ministério da Previdência e Assistência Social através <strong>do</strong> próprioMinistro Rafael <strong>de</strong> Almeida Magalhães e <strong>do</strong>s seus assessores, reconheci<strong>do</strong>s como taispelo relator.Outra força também condicionante <strong>do</strong>s rumos <strong>do</strong> ante-projeto da Comissão veioda articulação com os setores da Constituinte que estavam tratan<strong>do</strong> da questão tributáriae orçamentária, em particular o Deputa<strong>do</strong> José Serra e alguns assessores.Quan<strong>do</strong> se tomou conhecimento da primeira versão <strong>do</strong> ante-projeto ele já tinhauma “cara”, que acabou sen<strong>do</strong> preservada até o final da Consltituinte: a da Segurida<strong>de</strong>Social; isto é, a idéia <strong>de</strong> que a saú<strong>de</strong>, a previdência social e a assistência social <strong>de</strong>veriamconformar um mesmo conjunto sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Segurida<strong>de</strong> Social.9. O CEAC, no caso através <strong>do</strong> NESP e com a colaboração <strong>do</strong> CFM pretendia exercer três tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>ssimultâneamente: realizar estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentais e acadêmicos <strong>do</strong> processo, assessorar os constituintese promover a mobilização da socieda<strong>de</strong> em relação aos vários temas em discussão. Do ponto <strong>de</strong> vista<strong>do</strong> registro, a estratégia foi a da gravação das várias etapas em “ví<strong>de</strong>o-tape”, para o que se contoutambém com a colaboração da Organização Panamericana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>; os produtos, brutos ou edita<strong>do</strong>sse encontram a disposição para consulta.10. O fato <strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> fe<strong>de</strong>ral também lhe facilitava o acesso às <strong>de</strong>pendências e <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong>Congresso, prerrogativa <strong>de</strong> ex-parlamentares. Registra-se também que sua assessoria foi sempreprofissionalizada, estan<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> pelo setor para essa finalida<strong>de</strong>. Foi também perfeitamentecaracterizada uma articulação entre o mesmo e alguns assessores e funcionários da “casa”, na facilitação<strong>de</strong> informações, acesso às <strong>de</strong>pendências, num vínculo nunca esclareci<strong>do</strong> se i<strong>de</strong>ológico, pessoal,hierárquico ou por outra motivação.SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>75

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