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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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e o termo trabalha<strong>do</strong>r indica a <strong>de</strong>ssubjetivação da pessoa e a sujeição completa <strong>do</strong>indivíduo em ação.Mas também há outra concepção na qual po<strong>de</strong>-se ver o trabalho como subtotalida<strong>de</strong>social. Receben<strong>do</strong> <strong>do</strong> to<strong>do</strong> social <strong>de</strong>terminações e, ainda, interagin<strong>do</strong> com ele,o trabalho como estrutura técnica resultaria da dinâmica entre macro estruturas <strong>de</strong> suaprodução, tal como, por exemplo, a organização social da produção <strong>do</strong>s serviços, asorganizações corporativas e interesses profissionais coletivos ou as políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,tanto quanto resultaria da dinâmica <strong>de</strong> relações entre os constituintes da microfísicadas ações, no processo <strong>de</strong> trabalho: dinâmica entre conhecimentos, insumos materiais(instrumentos) e o trabalha<strong>do</strong>r (agente). Em qualquer <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is últimos casos, e háestu<strong>do</strong>s que se voltam mais para uma ou mais para outra <strong>de</strong>ssas esferas, a pessoa <strong>do</strong>trabalha<strong>do</strong>r figura como agente que é também ator social e po<strong>de</strong> vir a ser sujeito notrabalho, interligan<strong>do</strong>-se as temáticas <strong>do</strong> sujeito individual e sujeito coletivo na cenainstitucional e na cena social.Estas últimas situações <strong>de</strong> produção científica, já nos anos 90, introduzem temascomo a flexibilização <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s e das estruturas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho, a pluralida<strong>de</strong>das questões organizacionais, a dimensão das relações interindividuais e intersubjetivasnas ações <strong>do</strong> trabalho e assim por diante. Reconhecemos estes temas, entre outros, nosestu<strong>do</strong>s sobre: regulação da força <strong>de</strong> trabalho e ética <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> nas políticas sociais;gestão <strong>do</strong>s recursos humanos e <strong>de</strong>mocratização das estruturas institucionais;multiplicida<strong>de</strong> profissional e pluralismo nas relações <strong>de</strong> trabalho; agir comunicacionale agir estratégico nas práticas em saú<strong>de</strong>; ética e técnica das práticas em saú<strong>de</strong>, etc...Estas novas temáticas somente agora são trabalhadas da perspectiva reforma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>sserviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, introduzin<strong>do</strong> para o interior <strong>do</strong> movimento pela Reforma Sanitáriabrasileira, a crítica e reforma das ações técnicas, das ações organizacionais e gerenciais,das práticas em saú<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong> e da autopercepção <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da saú<strong>de</strong>enquanto agentes e cidadãos no trabalho, seja transforman<strong>do</strong> seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> representação<strong>de</strong> interesses coletivos, seja sua cultura profissional e seu papel na reforma das instituiçõese das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.No entanto, se to<strong>do</strong> esse movimento ocorre na produção técnico-científica e seatribuímos importante papel para o saber científico nessa trajetória, é fundamentalbuscarmos algumas possíveis razões para isso.ENTRE A CIÊNCIA E O TRABALHO: O TRABALHADORRetomemos a primeira forma mencionada <strong>de</strong> reflexão sobre recursos humanos.Tratava-se ali <strong>de</strong> reforma <strong>do</strong> ato médico, através da criação da medicina preventiva ecomunitária, ou proposições afins, surgidas nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s nos anos 40-50. Proposiçõessimilares, embora específicas à realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Brasil, surgiram nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70.Como se viu, nessa forma <strong>de</strong> pensar, se o problema centra-se na produção concretadas práticas em saú<strong>de</strong> e a correspon<strong>de</strong>nte qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s assistenciaisofereci<strong>do</strong>s à população, ele está sen<strong>do</strong> toma<strong>do</strong> como se fosse resulta<strong>do</strong> da qualida<strong>de</strong>,vista como ruim, <strong>do</strong>s recursos humanos, em razão <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quada formação escolar 6 .Observamos nessas proposições que há redução importante <strong>do</strong> problema. Elegeseo trabalha<strong>do</strong>r como componente capaz <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r por toda a produção <strong>do</strong>s serviçosSAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>287

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