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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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conhecimento. A valorização <strong>do</strong>s atos tecnológicos é um fato em quase to<strong>do</strong>s osatendimentos médicos presta<strong>do</strong>s no nosso sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Enfim, acreditamos que as questões que envolvem a área <strong>de</strong> recursos humanosno contexto <strong>do</strong> SUS são preocupantes e <strong>de</strong>safia<strong>do</strong>ras. O movimento da Reforma Sanitáriabem como o <strong>de</strong>bate fomenta<strong>do</strong> e produzi<strong>do</strong> pelo <strong>CEBES</strong> nesta última década, emparticular, no campo <strong>do</strong>s recursos humanos tem aponta<strong>do</strong> para questões e temas queenvolvem: qualida<strong>de</strong>, produção <strong>de</strong> serviços eticamente comprometi<strong>do</strong>s com umaestrutura <strong>de</strong> serviços compatível com as necessida<strong>de</strong>s da população, políticas <strong>de</strong> RHjustas e coerentes com os princípios <strong>de</strong> valorização, qualida<strong>de</strong> e incentivo ao profissionalque lida com a saú<strong>de</strong>. Os inúmeros <strong>de</strong>bate<strong>do</strong>res que, ao longo <strong>de</strong>sses anos, buscaramimprimir uma nove forma <strong>de</strong> “olhar” estas, enfocaram sempre o retorno da idéia <strong>de</strong>que o trabalha<strong>do</strong>r em saú<strong>de</strong> é um trabalha<strong>do</strong>r especial, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s técnicas ehumanas o que faz “diferente” <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais trabalha<strong>do</strong>res. A apreensão <strong>do</strong>s recursoshumanos por outro ângulo é uma imposição <strong>do</strong>s tempos atuais. Os recursos humanostêm que ser pensa<strong>do</strong>s no intercruzamento da esfera assistencial e da esfera gerencial e,sobretu<strong>do</strong>, inseri<strong>do</strong> em situações <strong>de</strong> conflito entre essas mesmas esferas. Tomá-los comosíntese <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s em disputa, na busca pela recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões maisautônomas, <strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, e, <strong>de</strong> outro, na busca pela racionalização <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o processo talcomo realiza<strong>do</strong> pela perspectiva administrativa, conforme dito anteriormente, será aabordagem fundamental para qualquer organização mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Insistimos na idéia <strong>de</strong> que o trabalha<strong>do</strong>r em saú<strong>de</strong>, pela sua especificida<strong>de</strong> esingularida<strong>de</strong> (objeto, processo e forma <strong>de</strong> apreensão <strong>do</strong> mesmo) é converti<strong>do</strong>, em um“bem público”, que <strong>de</strong>verá ser pensa<strong>do</strong>, trata<strong>do</strong> e visto como algo a ser preserva<strong>do</strong>,valoriza<strong>do</strong> e acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> manti<strong>do</strong> em “bom esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação”. Aqui, estamosfalan<strong>do</strong>, como vimos <strong>de</strong>bater ao longo <strong>de</strong>stes anos nos <strong>CEBES</strong>, por exemplo, aimportância <strong>de</strong> preservar: salários, condições <strong>de</strong> trabalho e valorização <strong>do</strong> seus serviçospresta<strong>do</strong>s à socieda<strong>de</strong>.Questão científica e tecnológica, os recursos humanos terão que ser, comotrabalha<strong>do</strong>res da saú<strong>de</strong>, objeto <strong>de</strong> novos e mais aprofunda<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s. Questão políticae social, os recursos humanos terão que <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser retórica vazia <strong>de</strong> políticos egovernantes <strong>de</strong>magógicos para tornar-se objeto da retórica fundamentada, e, então,questão efetiva na agenda política <strong>do</strong>s gestores, sejam eles da re<strong>de</strong> pública ou privada<strong>de</strong> serviços. Priorida<strong>de</strong> técnico-científica e priorida<strong>de</strong> ético-política, recursos humanosterá que se tornar efetivamente, um eixo <strong>do</strong> conhecimento e da prática política <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento social e humano.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. AROUCA, A.S.- O Dilema Preventivista: contribuição para a compreensão crítica da MedicinaPreventiva, <strong>Faculda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas(UNICAMP),São Paulo, Brasil, Tese <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>, 1975.13. MACHADO, M.H. - Trabalha<strong>do</strong>res da Saú<strong>de</strong>: um bem público?, op. cit.296 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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