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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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<strong>de</strong>senvolvemos práticas públicas não patrimoniais e princípios políticos-administrativos<strong>de</strong> accountability.Na verda<strong>de</strong>, a heterogeneida<strong>de</strong> intrínseca à estrutura econômica latino-americanaretraduziu-se no sistema <strong>de</strong> proteção social, transforman<strong>do</strong> benefícios em privilégioscumulativos para os grupos sociais com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> barganha. Por outro la<strong>do</strong>, aimpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar interesses priva<strong>do</strong>s da administração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,caracterizan<strong>do</strong> o estatal como modalida<strong>de</strong> atual <strong>do</strong> patrimonialismo, ou uso priva<strong>do</strong>da coisa pública, nos impediram <strong>de</strong> chegar a um Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>mocrático e eficiente e a umasocieda<strong>de</strong> mais igualitária.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um novo teci<strong>do</strong> social,<strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong> e participativo, repõe a nossa especificida<strong>de</strong> regional em um patamardistinto, capaz <strong>de</strong> reivindicar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia on<strong>de</strong> impere a co-gestão pública,retoman<strong>do</strong> os princípios <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e igualda<strong>de</strong> em uma complexida<strong>de</strong> que sejacapaz <strong>de</strong> reconhecer a subjetivida<strong>de</strong> e a diversida<strong>de</strong> como parte da cidadania.Para tanto, temos que pensar novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> proteção social que terão comoprincípios articula<strong>do</strong>res o rompimento da vinculação entre proteção social e estrutura<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho; a experimentação das estratégias <strong>de</strong> co-gestão pública em umprocesso articula<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia representativa e participação direta; a combinaçãoda noção <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> com a heterogeneida<strong>de</strong>; a <strong>luta</strong> contra a exclusão sem buscar auniformização e sim a auto-<strong>de</strong>terminação solidária. Nestes marcos, a polarizaçãofocalização/universalização encontra-se <strong>de</strong>finitivamente superada, em um processosimultâneo <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s cidadãos.Para tanto é necessário, antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, superar a condição <strong>de</strong> exclusão, já que nãose po<strong>de</strong> falar em cidadania, como igualda<strong>de</strong> e como diversida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> há exclusão. Emuma socieda<strong>de</strong> em que o trabalho sempre foi um bem escasso, e cuja tendênciainternacional é aprofundar esta diferenciação, não se po<strong>de</strong> pensar em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>cidadania e <strong>de</strong> proteção social que seja expressão <strong>de</strong>sta segmentação.Estamos, portanto, diante <strong>de</strong> nossa escolha trágica: ou institucionalizamos, viapolíticas sociais, a segmentação e a exclusão, ou construimos um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia,no qual a gestão pública social seja um <strong>do</strong>s principais mecanismos promotores da inserção<strong>do</strong>s cidadãos em uma nova comunida<strong>de</strong> política, que se expressa em novos formatospara a relação Esta<strong>do</strong>/socieda<strong>de</strong>.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. vi<strong>de</strong> BUCI-GLUCKSMAN, C- Gramsci e o Esta<strong>do</strong> - Paz e Terra, SP, 19802. Editorial, Revista Saú<strong>de</strong> em Debate, no 1, out/nov/<strong>de</strong>z, SP,19763. Editorial, Revista Saú<strong>de</strong> em Debate, no 10, abr/mai/jun, RJ, 19804. Editorial, Revista Saú<strong>de</strong> em Debate, no 3 abr/mai/jun/, SP, 19775. FLEURY, S- Projeto Montes Claros: A Utopia Revisitada, Abrasco, RJ, 19956. FLEURY, Sonia - Reforma Sanitária - Em Busca <strong>de</strong> uma Teoria - Ed Cortez/ ABRASCO, SP, 19897. <strong>CEBES</strong> - “A Questão Democrática na Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>”, Revista Saú<strong>de</strong> em Debate no 9, jan/fev/mar,RJ, 1980, pp 11- 1340 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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