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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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FONTES DE DADOSQualquer tentativa <strong>de</strong> apresentar o quadro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população brasileira éuma tarefa sempre incompleta, não só pelas próprias questões conceituais, mesmo sobreo que seja “condição”, “situação” ou “nível” <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mas tambem pela disponibilida<strong>de</strong>e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s existentes. Aqui foram analisadas séries históricas <strong>de</strong> algunsimportantes indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong> para o país como um to<strong>do</strong> e para asmacrorregiões. Para os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> foram utiliza<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sistema<strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong>, o qual foi operacionaliza<strong>do</strong> para o país a partir <strong>de</strong> 1979e encontra-se disponível em CD-ROMs para utilização em microcomputa<strong>do</strong>res ou empublicações anuais <strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS/FNS/CENEPI, 1996a; MS/FNS/CENEPI, 1996b; MS/FNS/CENEPI, 1996c). Foram analisadas as tendências <strong>do</strong>scoeficientes para os principais grupos <strong>de</strong> causas e para causas <strong>de</strong> morte específicas selecionadas.As análises abrangeram o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1980 a 1993, último ano com informaçõesdisponíveis para to<strong>do</strong> o país. Na medida em que o risco <strong>de</strong> morrer por cada uma dascausas estudadas po<strong>de</strong> variar entre os grupos etários, os coeficientes para os diferentesanos foram padroniza<strong>do</strong>s para uma estrutura etária constante, toman<strong>do</strong>-se comoreferência a população <strong>do</strong> país para o ano <strong>de</strong> 1991.No estu<strong>do</strong> da morbida<strong>de</strong> utilizou-se o sistema <strong>de</strong> informação constituí<strong>do</strong> pelasAutorizações <strong>de</strong> Internações Hospitalares, sistematiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste 1984 e que hoje cobreem torno <strong>de</strong> 80% <strong>do</strong>s internações ocorridas no país (Buss, 1993). Para tal, proce<strong>de</strong>u-seacesso “on line” ao Sistema SINTESE, <strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong>/DATASUS, utilizan<strong>do</strong>sedas informações disponíveis para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1984 a 1995. Utilizou-se como indica<strong>do</strong>r,a proporção <strong>de</strong> internações por grupo <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças ou <strong>do</strong>enças específicas em relação aoconjunto total das internações, para o mesmo local e perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo. Para a análisedas <strong>do</strong>enças transmissíveis utilizou-se ainda <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica<strong>do</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong>, que agrega informações sobre as Doenças <strong>de</strong>Notificação Compulsória, para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1980 a 1993 (MS/FNS/CENEPI, 1992a;MS/FNS/CENEPI, 1992b; MS/FNS/CENEPI, 1993a; MS/FNS/CENEPI, 1993b). Paraas <strong>do</strong>enças que não são <strong>de</strong> notificação obrigatória, utilizou-se <strong>de</strong> informações publicadas<strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> controle específicos, ou resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> inquéritos ou pesquisasfeitas no país. Na construção <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>, utilizou-seos da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Censos Demográficos <strong>de</strong> 1980 e 1991 (FIBGE, 1984; FIBGE, 1987; FIBGE,1990; FIBGE, 1992; FIBGE), realizan<strong>do</strong>-se estimativas das populações nos perío<strong>do</strong>s extracensitárioscom base em taxas geométricas <strong>de</strong> crescimento.MODIFICAÇÕES NOS PADRÕES DE MORBI-MORTALIDADEPara enten<strong>de</strong>rmos as modificações na estrutura <strong>de</strong>mográfica faz-se necessáriouma apresentação das recentes tendências no padrão <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong>. Uma dasmais importantes tendências diz respeito à redução nas taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil (/1000 nasci<strong>do</strong>s vivos), intensificada à partir da década <strong>de</strong> 60, quan<strong>do</strong> apresentava umamédia nacional <strong>de</strong> 117, passan<strong>do</strong> para 50,2, na década <strong>de</strong> 80 (FIBGE, 1992). Na análisedas informações para a última década, verifica-se que houve uma redução nacionalmédia <strong>de</strong> 32,6% (60,2/1000 NV em 1981 para 45,0/1000 NV em 1993), ten<strong>do</strong> esta reduçãoocorri<strong>do</strong> em diferentes intensida<strong>de</strong>s nas diversas macro-regiões. Importante ressaltar46 SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>

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