12.07.2015 Views

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

trabalho, aspecto parcial da realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho. E será nesse mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho quesuas características se estruturarão, das mais visíveis às menos (tecnicida<strong>de</strong>/subjetivida<strong>de</strong> ou vice-versa); das mais técnicas às mais intelectuais (habilida<strong>de</strong>s/ <strong>do</strong>mínioe uso <strong>de</strong> saber), das mais mecanizadas às mais humanistas (intervenção manual e instrumental/relações intersubjetivas e agir comunicacional).É importante notar que ao inserirmos o próprio trabalha<strong>do</strong>r em um contexto como qual guarda relações, senão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação total ao menos algumas “regiões” <strong>de</strong>trocas e mútua influência, evitamos tomar <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> absoluto e sempre unilateral aresponsabilização pela qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s e competência técnica <strong>de</strong> resolução das<strong>de</strong>mandas. Essa responsabilização têm surgi<strong>do</strong> quer só como atribuível ao profissional,quer somente às políticas institucionais ou públicas, em razão das condições da estrutura<strong>de</strong> trabalho. Escaparemos, assim, <strong>de</strong> uma total responsabilização individual ou privada,e no polo oposto, total <strong>de</strong>scompromisso <strong>de</strong> indivíduo-cidadão por parte <strong>do</strong> profissional,com a responsabilização total da “estrutura”, até como se nesta não estivesse tambémparticipan<strong>do</strong> o profissional (ou seus representantes).Quan<strong>do</strong> as condições <strong>de</strong> estruturação institucional das práticas, as modalida<strong>de</strong>sempresariais <strong>de</strong> sua disposição em merca<strong>do</strong>, as conexões da área pública e privada naprodução social <strong>do</strong>s serviços e as formas correspon<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> institucionalização daclientela, para além da constituição <strong>do</strong> trabalho coletiviza<strong>do</strong> em saú<strong>de</strong>, são componentestambém consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s nas problemáticas <strong>do</strong>s recursos humanos, essas abordagensremetem a “resolução” e a “responsabilida<strong>de</strong>” <strong>do</strong>s serviços para espaços progressivamentepúblicos.Assim, também essa preocupação pareceu mover nossa história da produçãotécnico-científica sobre os recursos humanos e suas aproximações contrastantes. Noprimeiro caso, está-se diante <strong>do</strong> valor da<strong>do</strong> à esfera privada e a liberda<strong>de</strong> individual, naresponsabilização por realizar a ética da igualda<strong>de</strong> no trabalho em saú<strong>de</strong>, como <strong>de</strong>verpessoal: ética traduzida para uma <strong>de</strong>ontologia médica, a <strong>de</strong> assistir a to<strong>do</strong>s e qualquerum por igual. No segun<strong>do</strong> caso, está-se diante <strong>do</strong> valor da<strong>do</strong> à responsabilização <strong>do</strong>representante da esfera pública, <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, por realizar a mesma ética da igualda<strong>de</strong>,mas através da lei e garantias <strong>do</strong>s direitos sociais. Mas, num e noutro caso, não háconexões que articulem, quer as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> responsabilização social <strong>de</strong> cada indivíduo,quer as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> individual na or<strong>de</strong>m social. Nossa proposição preten<strong>de</strong>repensar também por este eixo uma forma distinta <strong>de</strong> tomar as profissões em saú<strong>de</strong>, embusca <strong>de</strong> novas pautas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s para os recursos humanos.TRABALHADOR DA SAÚDE: OUTRO CONCEITO DE PROFISSÃO ENOVA AGENDA PARA FUTUROS ESTUDOSAo nos filiarmos à nova abordagem teórico-meto<strong>do</strong>lógica para enfocar “recursoshumanos”, cremos ter <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> claro nosso aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> tratamento <strong>de</strong>sses recursoscomo insumos <strong>de</strong> uma estrutura organizacional, para vê-los como atores privilegia<strong>do</strong>s<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ao tempo em que se dispõem na estrutura <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> serviços,respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a questões da organização social <strong>de</strong>sta e <strong>de</strong> seu conseqüente merca<strong>do</strong>.O merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong> guarda características particulares pelaespecificida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> seu profissional um ator social tambémSAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>293

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!