12.07.2015 Views

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

que se verifica um aumento nas taxas para todas as regiões, à partir <strong>de</strong> 1991, o quemerece algumas consi<strong>de</strong>rações: a primeira <strong>de</strong>las diz respeito ao fato <strong>de</strong> que o número<strong>de</strong> nasci<strong>do</strong>s vivos para os anos <strong>de</strong> 1991 a 1993 foram projeta<strong>do</strong>s à partir da última sériedisponível (FIBGE, 1992), seguin<strong>do</strong> portanto, uma tendência <strong>de</strong>crescente; o númeroabsoluto <strong>de</strong> óbitos em menores <strong>de</strong> 1 ano aumentou à partir <strong>de</strong> 1991, o que não pô<strong>de</strong> serverifica<strong>do</strong>, mediante consulta as informações disponíveis, se po<strong>de</strong> ser atribuí<strong>do</strong> a umamelhora na base <strong>de</strong> informações.As tendências para os <strong>do</strong>is componentes da taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil (neonatal- < 28 dias e pós-neonatal - 28 dias à 1 ano) evi<strong>de</strong>nciam que esta redução foi maisacentuada para a mortalida<strong>de</strong> infantil pós-neonatal. Este componente associa-se maisfortemente com fatores relaciona<strong>do</strong>s ao ambiente, concentran<strong>do</strong> uma maior proporção<strong>de</strong> óbitos por <strong>do</strong>enças infecciosas, particularmente as infecções intestinais, enquantoque a mortalida<strong>de</strong> neo-natal relaciona-se mais fortemente com fatores liga<strong>do</strong>s àassistência pré e pós-natal.Outra importante tendência nos padrões epi<strong>de</strong>miológicos, com evi<strong>de</strong>ntes reflexosna estrutura <strong>de</strong>mográfica, diz respeito às modificações na composição da mortalida<strong>de</strong>por grupo <strong>de</strong> causas. Assim, as <strong>do</strong>enças infecciosas e parasitárias (DIP), que representavam45,7% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> óbitos ocorri<strong>do</strong>s no país, em 1930, representaram apenas6,5% <strong>do</strong>s óbitos no ano <strong>de</strong> 1990 (excluí<strong>do</strong> <strong>do</strong> total <strong>de</strong> óbitos as causas mal <strong>de</strong>finidas).Enquanto isto, as <strong>do</strong>enças cardiovasculares (DCV), seguin<strong>do</strong> uma tendência inversa,aumentaram sua participação <strong>de</strong> 11.8% para 37.4%, <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s óbitos ocorri<strong>do</strong>s nomesmo perío<strong>do</strong>. Analisan<strong>do</strong> a evolução recente das taxas padronizadas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>(x10 -5 habitantes) para os principais grupos <strong>de</strong> causas <strong>de</strong>finidas, observa-se que as DCVapresentavam uma taxa <strong>de</strong> 194,2 em 1993, seguidas das causas externas (72,9) e dasneoplasias, com taxas bem próximas (72,6). Ao analisarmos as tendências nas taxas <strong>de</strong>mortalida<strong>de</strong> cabe pontuar que, para o ano <strong>de</strong> 1991 observou-se redução importante emto<strong>do</strong>s os grupos <strong>de</strong> causa, retornan<strong>do</strong>, nos anos seguintes, aos níveis espera<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>com a tendência observada para toda a série histórica. Tal distorção po<strong>de</strong> ser atribuídaa possíveis problemas no SIM para o ano em questão, o que entretanto necessita serconfirma<strong>do</strong>.Enquanto que para as DCV observou-se uma tendência <strong>de</strong> estabilização nas taxas<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, com uma discreta redução a partir <strong>de</strong> 1988, as neoplasias apresentaramtendência <strong>de</strong> crescimento constante em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> e as causasexternas, após uma perío<strong>do</strong> ascen<strong>de</strong>nte, ten<strong>de</strong> a estabilizar-se a partir <strong>do</strong> final da <strong>de</strong>cáda<strong>de</strong> 1980. As <strong>do</strong>enças respiratórias que não tinham uma participação expressiva nacomposição da mortalida<strong>de</strong>, em décadas anteriores, têm apresenta<strong>do</strong> uma tendência <strong>de</strong>estabilida<strong>de</strong> na última década e figurou como a quarta causa <strong>de</strong> óbito na populaçãototal em 1993. Por fim, as <strong>do</strong>enças infecciosas e parasitárias persistem com a tendência<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte iniciada em décadas anteriores, ten<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> uma taxa <strong>de</strong> 28,5 óbitosx10 -5 habitantes em 1993.O aumento significativo da participação das <strong>do</strong>enças crônico-<strong>de</strong>generativas nacomposição da mortalida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ser melhor apreendi<strong>do</strong> verifican<strong>do</strong>-se as taxas <strong>de</strong>mortalida<strong>de</strong> para algumas causas específicas para o ano <strong>de</strong> 1993. A <strong>do</strong>ença cérebrovascularaguda mal <strong>de</strong>finida representou a principal causa básica <strong>de</strong> óbito, entre ascausas diagnosticadas (taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 41,3 x10 -5 habitantes). Para o país comoum to<strong>do</strong>, as seguintes <strong>do</strong>enças crônico-<strong>de</strong>generativas apresentaram uma importanteexpressão no quadro <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>: infarto agu<strong>do</strong> <strong>do</strong> miocárdio (2a causa, com taxaSAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>47

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!