12.07.2015 Views

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

complexa o hospital, exigir para a sua condução eficiente e eficaz, aportes <strong>de</strong>conhecimentos, méto<strong>do</strong>s, técnicas e instrumentos que estejam condizentes com as práticasgerenciais mais avançadas, <strong>de</strong>senvolvidas em qualquer outra organização social <strong>de</strong>ponta. Até a pouco, a área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, que inclusive não tinha o hospital enquantoespaço <strong>de</strong> atuação e <strong>de</strong> produção teórica, também não tinha a gestão <strong>de</strong> organizações,enquanto disciplina ou área <strong>de</strong> investimento profissional e institucional.De maneira geral, o tradicional campo <strong>do</strong> planejamento foi o que mais se modificoucom os novos <strong>de</strong>safios e a importante aproximação às teorias organizacionais. Hoje, emsaú<strong>de</strong>, as concepções teóricas e meto<strong>do</strong>lógicas <strong>do</strong> planejamento, mais disseminadas eassumidas no país como mais avançadas, po<strong>de</strong>m ser referenciadas em torno <strong>do</strong>planejamento estratégico-situacional (PES) 4 e <strong>de</strong> suas diversas aproximações. Esse corpoteórico e meto<strong>do</strong>lógico possui mais <strong>do</strong> que interfaces e intersecções com o campo dasteorias organizacionais e em saú<strong>de</strong>, forçosamente com a epi<strong>de</strong>miologia. Sob <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>spontos <strong>de</strong> vista, o PES po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> enquanto partilhan<strong>do</strong> oterreno das abordagens organizacionais. Sem intenção <strong>de</strong> enveredar nesta tese, afirmaseapenas a convergência recente <strong>do</strong>s tradicionais campos <strong>do</strong> planejamento e daadministração, como historicamente aborda<strong>do</strong>s pela saú<strong>de</strong> pública. A gestão hospitalarem muito contribui para o terreno on<strong>de</strong> se fertiliza esse processo, ainda que não <strong>de</strong>forma exclusiva, pois a concepção e implementação <strong>de</strong> sistemas ou re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scentralizadas<strong>de</strong> atenção também tem acumula<strong>do</strong> importantes contribuições e avanços.Ainda que se tenha alcança<strong>do</strong> avanços significativos no campo <strong>do</strong> planejamentoe da gestão em saú<strong>de</strong>, assume-se como imperiosa a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovações reais, aonível <strong>do</strong>s sistemas e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que novas conformações e práticasorganizacionais em saú<strong>de</strong> redun<strong>de</strong>m em melhores indica<strong>do</strong>res sanitários e <strong>de</strong> satisfação,tanto profissional como <strong>de</strong> seus clientes. Embora haja gran<strong>de</strong> consenso quanto ànecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças no mo<strong>de</strong>lo assistencial e em sua gestão, são poucas aspropostas e iniciativas convergentes, que possam ser implementadas <strong>de</strong> forma maisextensiva no setor saú<strong>de</strong> e, especialmente, no parque hospitalar público brasileiro. Temsecomo consequência, um escasso consenso e pouca clareza sobre o que mudar ou paraon<strong>de</strong> mudar. Na área hospitalar, encontramos um conjunto significativo <strong>de</strong> iniciativas<strong>do</strong> tipo voluntarista, quase sempre conforman<strong>do</strong> propostas que estão mais preocupadasem escapar <strong>do</strong>s controles centrais e <strong>do</strong> processualismo da administração pública. Não épor acaso que as chamadas “fundações privadas <strong>de</strong> apoio” 5 provocam gran<strong>de</strong> simpatia,especialmente entre os dirigentes locais. Mais recentemente, opções por cooperativas<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> também tem propicia<strong>do</strong> alterações político-organizativas, <strong>de</strong>maior ou menor envergadura 6 .Enten<strong>de</strong>-se que tal situação se <strong>de</strong>va, naturalmente, a enormes discrepâncias entreas realida<strong>de</strong>s organizacionais, o que origina diagnósticos os mais varia<strong>do</strong>s, mas tambémpor serem realida<strong>de</strong>s que vêm sen<strong>do</strong> explicadas a partir <strong>de</strong> categorias tomadas comosuficientes (excesso <strong>de</strong> controles e escassez <strong>de</strong> recursos) e que uma vez satisfeitas,gerariam soluções satisfatórias. O maior exemplo <strong>de</strong>ssa limitada análise, encontra-sena explicação que supervaloriza o volume escasso <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao setor saú<strong>de</strong>e aos hospitais ou ainda, as suas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pagamento, consi<strong>de</strong>radas ina<strong>de</strong>quadas.4. Ao falar-se <strong>de</strong> planejamento estratégico-situacional (PES), tem-se como autor <strong>de</strong> referência o chilenoCarlos Matus, mas também diversos outros autores que tem contribuí<strong>do</strong> com o enfoque <strong>do</strong> planejamentoestratégico aplica<strong>do</strong> em saú<strong>de</strong>, tais como Mario Testa, F. Javier Uribe Rivera, Gastão Wagner, EmersonMerhy, Luís Carlos Cecílio, Jairnílson Paim, Eugênio Villaça, entre outros.SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>145

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!