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A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

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Portanto, a perspectiva <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los gerenciais aplicáveis às organizaçõeshospitalares, forçosamente exige compreensão acerca da natureza particularda sua complexida<strong>de</strong>.As formulações sobre as organizações, que compõem o campo da Teoria dasOrganizações, ou como prefere Motta (1990), das teorias organizacionais 11 , constituemcampo bastante vasto, embora num perío<strong>do</strong> histórico relativamente curto, sen<strong>do</strong> que, aevolução <strong>do</strong>s conhecimentos não tem necessariamente, provoca<strong>do</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong>contribuições anteriores. O que se percebe é mais um processo cumulativo on<strong>de</strong> novasênfases e abordagens tratam <strong>de</strong> subordinar lógicas formuladas anteriormente. Po<strong>de</strong>-sedizer que esse processo traduz mesmo os limites para se produzir “teorias” queexpressem toda a complexida<strong>de</strong> que cercam as organizações. Dussault (1992) em poucaspalavras i<strong>de</strong>ntifica as principais abordagens que historicamente se apresentaram.“A visão <strong>de</strong>las (teorias das organizações) passou <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s programáveis, funcionan<strong>do</strong>como máquinas, a sistemas complexos.... Gradualmente, a visão racionalista e positivista (“onebest way”) foi trocada por outra que aceitava a existência da inter<strong>de</strong>terminação (contingência) e,mais recentemente, segun<strong>do</strong> uma nova corrente da literatura (Lincoln 1985, Weick 1989) comuma visão naturalística, que enfatiza a complexida<strong>de</strong>, o caráter sistêmico, holográfico...” 12 .Há ainda outras formas <strong>de</strong> explicar as organizações. O uso <strong>de</strong> metáforas é uma<strong>de</strong>las, sen<strong>do</strong> Morgan (1991) um autor <strong>de</strong> referência nessa forma <strong>de</strong> teorizar as organizações.São conhecidas as suas metáforas 13 , que possibilitam explicar o funcionamentodas organizações, o que “ilustra eloquentemente a dificulda<strong>de</strong> da teorização <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong>tão complexa” 14 .A opção neste trabalho, para explicação das organizações hospitalares estáamparada na lógica construída por Mintzberg (1989), que “as consi<strong>de</strong>ra em termos <strong>de</strong>configurações, isto é, <strong>de</strong> sistemas típicos <strong>de</strong> relações entre atributos básicos, cada uma(configuração) ten<strong>do</strong> características, mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> funcionamento e problemas específicos” 15 .Para a diferenciação organizacional, Mintzberg (1989) trabalha com algumascombinações <strong>de</strong> variáveis. Um primeiro grupo <strong>de</strong> variáveis, é construí<strong>do</strong> a partir dai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> partes componentes <strong>de</strong> qualquer organização, sen<strong>do</strong> elas: o centrooperacional, on<strong>de</strong> se localizam os opera<strong>do</strong>res que produzem os bens ou serviços típicosda organização; o centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, on<strong>de</strong> estão os dirigentes; o nível intermediário (mid<strong>de</strong>line), composto por gerentes e supervisores; a tecnoestrutura, on<strong>de</strong> se localizam osespecialistas, técnicos ou analistas que planejam o trabalho <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res e; o pessoal<strong>de</strong> apoio 16 .O outro conjunto <strong>de</strong> variáveis consi<strong>de</strong>radas, diz respeito aos mecanismos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação<strong>do</strong> trabalho, que po<strong>de</strong>m ser: <strong>de</strong> ajuste mútuo, supervisão direta e ainda <strong>de</strong>padronização <strong>de</strong> qualificações, <strong>de</strong> processos, <strong>de</strong> produtos e <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> comportamento17 .10. Essas idéias <strong>de</strong>rivam da compreensão <strong>de</strong> Etzioni <strong>de</strong> que cada vez mais as pessoas nascem, vivem emorrem por ação direta das organizações; vive-se uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizações; Etzioni, Amitai. in:Lemos, Sheyla. “O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e implementação <strong>de</strong> objetivos numa organização <strong>do</strong> setorsaú<strong>de</strong>: <strong>do</strong> conjunto sanatorial <strong>de</strong> Curicica ao Hospital das Clínicas Raphael <strong>de</strong> Paula Souza” Tese <strong>de</strong>Mestra<strong>do</strong> EBAP/FGV, mimeo 1993.p.4.11. Motta, Fernan<strong>do</strong> C. Prestes., Teoria da Administração: alcance, limites, perspectivas. mimeo., ENSP/FIOCRUZ/FUNDAP, out. 1990, RJ. p.4.SAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>149

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