12.07.2015 Views

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

A luta do CEBES - Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Introdução da prática <strong>de</strong> avaliações sistemáticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho institucional,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> não apenas o cumprimento <strong>de</strong> objetivos e metas, mas a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>scustos <strong>de</strong> produção aos padrões internacionais.Incorporação à estrutura <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algum grau <strong>de</strong> controleexterno, agregan<strong>do</strong>-se a representação <strong>de</strong> instâncias <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> SUS e <strong>de</strong> organismosda área <strong>de</strong> C&T.CONCLUSÃOA <strong>de</strong>speito das fortes diferenças e peculiarida<strong>de</strong>s das áreas <strong>de</strong> medicamentos e<strong>de</strong> imunobiológicos, ambas estão inseridas num contexto mais geral que ésobre<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundamento <strong>do</strong>s objetivos da ReformaSanitária e <strong>de</strong> transformação no papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social.Sob esta perspectiva, a área <strong>de</strong> insumos essenciais à saú<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>ncia a contradição entrea garantia <strong>do</strong> direito à saú<strong>de</strong> como um aspecto essencial da cidadania e uma Reforma<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que se pauta apenas por uma visão liberalizante. Os da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>ssobre a evolução <strong>do</strong> valor médio <strong>do</strong>s medicamentos e as informações disponíveis sobreos preços das vacinas <strong>de</strong> última geração não <strong>de</strong>ixam margem à dúvida: sem uma atuaçãoestatal neste merca<strong>do</strong>, tanto direta quanto regula<strong>do</strong>ra, o acesso universal aos produtosprofiláticos e terapêuticos torna-se inviável. A questão da eficiência privada acabatornan<strong>do</strong>-se um <strong>do</strong>gma! Mesmo os a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong> visões liberais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e da Economiareconhecem que em merca<strong>do</strong>s imperfeitos, oligopoliza<strong>do</strong>s e pouco afeitos à concorrênciaem preços, o setor priva<strong>do</strong> atua <strong>de</strong> forma socialmente perversa se não há controlepúblico. A produção estatal <strong>de</strong> insumos, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, é crucial não só para viabilizarminimamente as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública; mas também para servir como um parâmetroda regulação estatal das formas predatórias <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong>s oligopólios priva<strong>do</strong>s emáreas essenciais à saú<strong>de</strong>. Não é casual que a produção <strong>de</strong> insumos seja objeto <strong>de</strong> forteregulação estatal mesmo nos países que mais <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os preceitos liberais como aInglaterra e os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Todavia, como evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> pelo estu<strong>do</strong> das duas áreas produtivas, a questão émuito mais ampla <strong>do</strong> que a simples <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no setor, mas sim datransformação <strong>de</strong> sua forma <strong>de</strong> atuação, <strong>de</strong> sorte a permitir a aproximação entre o padrãopúblico <strong>de</strong> intervenção e os objetivos da Reforma Sanitária. A crítica da atuação <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser assumida não apenas no senti<strong>do</strong> negativo, neoliberal, que aponta parasua minimização; mas, sobretu<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong> uma ótica positiva que apresenta caminhospara sua transformação e para o fortalecimento <strong>do</strong>s compromissos públicos.Neste senti<strong>do</strong>, a tarefa <strong>de</strong> repensar a forma <strong>de</strong> atuação estatal tornou-se umanecessida<strong>de</strong>, mesmo para justificar uma ação mais eficiente e eficaz. Os temas <strong>de</strong> flexibilizaçãoadministrativa, <strong>de</strong> compromisso com resulta<strong>do</strong>s, da busca <strong>do</strong> autofinanciamentoe <strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> gestão passam a fazer parte das agendas<strong>de</strong> discussão <strong>do</strong>s que não aban<strong>do</strong>naram a visão <strong>de</strong> que a saú<strong>de</strong> é um direito <strong>do</strong> cidadãoe <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Como foi visto, o padrão <strong>de</strong> intervenção estatal na área farmacêutica e <strong>de</strong> imunobiológicosestá longe <strong>de</strong> constituir um instrumento po<strong>de</strong>roso <strong>de</strong> apoio à viabilizaçãodas estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização da saú<strong>de</strong> em nosso país. Por um la<strong>do</strong>, os obstáculosSAÚDE E DEMOCRACIA - A LUTA DO <strong>CEBES</strong>323

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!