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trinta anos. Veio para Mato Grosso investir no projeto<br />

Porto dos Gaúchos, no noroeste, e ali permaneceu<br />

durante muitos anos. Até que, há cerca de dez anos,<br />

resolveu fazer a sua própria colonização. Implantou<br />

Juara, a 800 km de Cuiabá, hoje próspero município<br />

com mais de 20.000 habitantes.<br />

Não há quem não conheça, ali, o José Pedro. Mais fácil<br />

ainda se for chamado pelo apelido que o tornou<br />

um dos homens mais conhecidos de todo o norte<br />

mato-grossense: Zé Paraná. “Se eu puder, faço tudo<br />

de novo. A terra sendo boa e você trabalhando com<br />

gente de bem, mais a experiência que já tenho, acho<br />

que tudo isso faz com que eu tenha vontade de voltar<br />

a ser pioneiro e a colonizar outra região”, diz Zé Paraná.<br />

(MATO GROSSO S/A, p. 17)<br />

A Incol – Imóveis e Colonizadora Ltda., pertencente<br />

à família Briante, divulga em seus folhetos de<br />

propaganda o fato de ter colonizado uma área de mais<br />

de 1 milhão de ha e fundado as cidades de São José do<br />

Rio Claro, Nova Maringá e Brianorte. Também difundiu<br />

a cultura da seringueira como estratégia de uso<br />

agroflorestal da região. Como praticamente só tem<br />

uma única ligação rodoviária com a BR-364, aposta no<br />

futuro com vistas à articulação viária da BR-163 com a<br />

região da soja.<br />

A Colonizadora Sinop S/A, de Ênio Pepino, implantou<br />

quatro cidades numa gleba de 650.000 ha no<br />

eixo da Cuiabá-Santarém: Sinop, Vera, Santa Carmem<br />

e Cláudia. Também implantou uma usina para<br />

a produção de álcool de mandioca, que nunca conseguiu<br />

atingir produção satisfatória e faliu. Tratou-se de<br />

mais um escândalo dos incentivos fiscais e com certeza<br />

é um dos mais caros “monumentos” da cidade<br />

ARIOVALDO U. DE OLIVEIRA 111<br />

(VIDIGAL, 1992). Sinop é, inegavelmente, o centro urbano<br />

de maior desenvolvimento no centro-norte do<br />

Estado e tem na indústria madeireira sua atividade<br />

econômica básica. Suas serrarias e indústrias de laminados<br />

ocupam mais de 10 km na extensão da BR-163.<br />

Nessa região central do Estado, a exploração madeireira<br />

e a colonização têm gerado novos municípios,<br />

como Itaúba, Marcelândia, União do Sul, Feliz Natal<br />

e Nova Ubiratan.<br />

A 500 km de Cuiabá, a história de Sinop tem<br />

apenas três décadas, mas é cheia de aspectos interessantes,<br />

diferentes de outros projetos de colonização.<br />

…é Sinop, hoje, o ponto de apoio para surgimento<br />

de novos empreendimentos por todo o norte do Estado.<br />

Isto é, qualquer colonização que se implante na<br />

área de influência da BR-163 tem obrigatoriamente<br />

que depender do apoio logístico de Sinop, um dos<br />

projetos de ocupação mais bem-sucedidos da região<br />

amazônica […]. Sua população, composta na maioria<br />

por gaúchos, paranaenses e catarinenses – a maior<br />

parte representada, lógico, pelos paranaenses, já que a<br />

colonizadora foi a mesma que implantou Maringá e<br />

outras cidades, no norte do Paraná […] Sinop foi, aos<br />

poucos, definindo a sua vocação comercial e industrial<br />

para ser cidade de apoio a outra regiões, que antes<br />

dependiam exclusivamente de Cuiabá.<br />

Por isso, entre residências e estabelecimentos comerciais<br />

[…] já conta com todo o sistema de comunicação<br />

estruturado: emissora de rádio AM/FM, televisão,<br />

telefone, telex, jornal etc. As esperanças de Sinop, porém,<br />

estão calcadas principalmente sobre uma usina<br />

de álcool carburante de mandioca, inaugurada há cerca<br />

de três anos e que, apesar de já estar produzindo,

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